ENTREVISTA

Sobre o desmantamento e queimadas em terras da Cachoeira

Tendo acompanhado denúncias feitas pelo advogado Nélson Aragão Filho em seu facebook sobre desmatamentos e queimadas na zona rural da Cachoeira, o Jornal O Guarany o entrevistou sobre o assunto.

Nelson Aragão revelou com detalhes e fotos que o meio ambiente  na zona rural, na maior parte do território que integra o município da Cachoeira, vem sendo destruído, especialmente, nas fazendas localizadas no entorno de Belém, Boa Vista e Capoeiruçu, com desmatamentos seguidos de queimadas de forma reconhecidamente irresponsável. Nelson Aragão afirma que à vista da velocidade com que o fogo se espalha na região,  animais silvestres são mortos, torrados entre labaredas de ampla proporção. Tanto as espécies que habitam ao solo quanto as que constroem seus ninhos nas árvores, são destruídos, como tatu, preás e pássaros, em especial, beija-flor, azulão, curió, cuiubinha, assanhaços, joão de barro, este faz mais de 10 mil viagens com objetivo de trazer gravetos para edificar o seu espaço, todos são irresponsavelmente destruídos.

O ninho da beija-flor é uma obra de arte, pois, se reveste integralmente de algodão, com compartimentos destinados ao  filhotes. Dr. Nélson Aragão Filho diz que mesmo não sendo ambientalista, busca a preservação da natureza. No sítio de sua propriedade, situado nas terras próximas ao lado de Pedra do Cavalo, Dr. Nelson Aragão Filho fez e preserva a maior plantação de árvores frutíferas da região, cujo plantio já excede de 300 exemplares, além de flores e sementes de diversos gêneros. Oferece gratuitamente mudas de múltiplos gêneros, como variações de jacarandá, todos os tipos de ipê, com que busca ampliar a proteção do meio ambiente.

Recentemente, o seu escritório de advocacia foi contratado pelo presidente da Associação de Moradores e Zona Rural de Belém, Aderbal Burgos, e já ajuizou, através do advogado Claudio dos Anjos, Ação de reintegração da área no entorno do banheiro de homens e mulheres, equipamento que integra o patrimônio do município, interditado pelo empresário, o qual sem licença ambiental nem alvará da PMC nem do IBAMA,  a fim de construir no local loteamento para exploração imobiliária.

Males do desmatamento em Cachoeira

Fontes e rios secam, o calor se altera a níveis insuportáveis. As comunidades urbanas, antes com refrigeração natural e confortável, o calor invade com rigor, inclusive no turno noturno, quando a temperatura tende a cair, tornando-se agradável. Este ambiente de calor aterrorizante gera maior consumo de energia e água. Multiplicam-se as instalações de aparelho de ar condicionado nos lares, nas casas de negócios, etc. As escolas sem este equipamento, torna os  ambientes   intoleráveis, sem o menor conforto com que os alunos possam permanecer nas salas de aula. Do jeito que está, já se pode reivindicar para Cachoeira que aqui se instale uma fábrica de ar-condicionado, pois, na estação do verão, é dificílimo, intolerável viver na cidade, tanto dentro quanto fora de casa”,  assinala o Dr. Nélson Aragão.

Outras conseqüências do desmatamento são: destruição da biodiversidade; erosão e empobrecimento dos solos; enchente e assoreamento dos rios; diminuição dos índices pluviométricos; elevação das temperaturas a níveis intoleráveis; desertificação; proliferação de pragas e doenças.

Proposta

Dr. Nélson Aragão Filho propõe às autoridades pela preservação do solo, da matas e do meio ambiente, implantar um cinturão verde com uma média de 500 mil árvores, no território cachoeirano, tanto na zona urbana quanto na rural. Só expedir alvarás, para loteamentos que tragam projeto de  arborização incluído.