sábado, 7 de fevereiro de 2015

Petrobras nomeia diretor do Banco do Brasil como seu novo presidente

A Petrobras confirmou na tarde desta sexta-feira a nomeação de Aldemir Bendine, até então presidente do Banco do Brasil, para a presidência da Petrobras, em substituição a Graça Foster, cuja renúncia foi comunicada na terça-feira.
Bendine foi designado presidente em reunião do Conselho de Administração da Petrobras realizada em São Paulo, segundo informou a empresa em comunicado à bolsa.

O executivo ocupava a presidência do Banco do Brasil desde 2009, quando foi recomendado para o cargo pelo então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.

O Conselho de Administração também nomeou o novo diretor financeiro, que será Ivan de Souza Monteiro, que da mesma forma que Bendine procede do Banco do Brasil, empresa na qual era o vice-presidente de gestão financeira.

Outros quatro diretores foram nomeados de forma interina, para cobrir as baixas de seus antecessores, que renunciaram junto com Foster.

Todos os interinos ocupavam cargos de menor relevância em seus próprios departamentos e tinham pelo menos 30 anos de experiência na empresa.

A nova diretora interina de exploração e Produção é Solange da Silva Guedes; o de Abastecimento, Jorge Celestino Ramos; o de Gás e Energia, Hugo Repsold Júnior e o de Engenharia, Roberto Moro.

A bolsa de São Paulo reagiu de forma negativa às nomeações e as ações da Petrobras despencaram desde que a imprensa começou a cogitar os nomes.

Uma hora antes do fim do pregão, às 16h, as ações preferenciais da Petrobras caíam 7,86%.

A renúncia de Foster se deveu ao agravamento da crise da empresa, que está no eixo de um grande escândalo de corrupção investigado pela Polícia Federal.

O caso se refere ao pagamento de subornos multimilionários, durante a última década, a políticos e executivos da Petrobras com fundos da companhia petrolífera e de empresas que tinham contratos com a estatal.

A perda de credibilidade pela corrupção causou problemas à empresa para captar fundos nos mercados internacionais, motivo pelo qual se viu obrigada a reduzir seus investimentos para os próximos anos.

Entre outros projetos, a Petrobras abandonou as obras de duas grandes refinarias com as quais o Brasil pretendia se transformar nos próximos anos em um grande exportador de combustíveis.

Os investidores também castigaram a empresa na bolsa e a Petrobras, que há poucos anos era a maior companhia da América Latina, perdeu 58% de seu valor em quatro meses. EFE

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