Bispo Edir Macedo: doutrina de 50 Tons de Cinza é inspirada por “demônios da perversão”

O bispo Edir Macedo entrou para a lista dos críticos vorazes do livro
Cinquenta Tons de Cinza, e publicou um artigo descrevendo a história
como uma obra demoníaca e perversa.
O filme baseado no livro estreia nos cinemas brasileiros amanhã, 12
de fevereiro. No Brasil, a data não possui grande significado, mas em
muitos países é véspera do Dia dos Namorados, ou o “Valentine’s Day”. Em
contrapartida, a estreia por aqui acontece em clima de carnaval.
O texto publicado pelo líder da Igreja Universal do Reino de Deus foi
escrito pela colaboradora Evelyn Higgibotham. Nele, a autora diz que
especialistas em literatura “consideram esse o pior livro de todos os
tempos a entrar para a lista dos mais vendidos do New York Times”.
O texto diz ainda que “além do tema repugnante, o estilo e a trama
pobres fazem do livro uma verdadeira piada ao lado de verdadeiras obras
de literatura”, e questiona: “Como pode um livro que todos consideram
horrível se tornar um fenômeno financeiro? É simples: demônios da
perversão”.
Cinquenta Tons de Cinza ficou conhecido como um livro “pornográfico
para donas de casa”, e o filme deverá seguir uma linha próxima a isso,
de acordo com informações divulgadas em sites especializados em cinema.
“O livro descreve e exalta cada um desses momentos ‘picantes’ em
detalhes, arrastando seus leitores para um tipo de inferno emocional.
Depois de tais episódios sexuais, a mulher é deixada sangrando e tão
machucada que mal consegue se mexer. Mas ela o ‘ama’, e no último livro
da trilogia, se casa com ele”, resume o artigo publicado no blog do
bispo Macedo.
De acordo com a publicação, Cinquenta Tons de Cinza prega que “as
mulheres devem encarar o abuso e a violência como algo nobre e
corajoso”, em uma espécie de investimento futuro para o relacionamento.
No entanto, no Brasil e em outros países, a lógica do romance
ficcional é criticada e vista como apologia à violência sexual contra a
mulher. E o texto publicado por Edir Macedo vai na mesma linha de
entendimento.
“Qualquer assistente social ou psiquiatra concordaria que este é um
quadro típico de abuso: a mulher ama um homem que é perigoso. Ela tem
baixa autoestima. Ele a domina, ameaça e manipula. Ela se sente desejada
e importante e tolera a violência porque acredita que pode ‘salvá-lo’.
Na vida real, muitas dessas histórias acabam em morte. Os boletins de
ocorrência são provas disso”, argumenta.
Por fim, o texto frisa o ponto de vista espiritual para reprovar a
leitura ou a audiência ao filme: “Cinquenta Tons de Cinza se tornou a
nova fórmula de realização no casamento. As pessoas acreditam que
precisam experimentar formas cada vez mais excitantes e pervertidas de
prazer sexual para serem felizes, e quanto mais se aprofundam nessas
experiências, mais os demônios da depravação invadem suas vidas e
destroem suas famílias. É uma doutrina que glorifica a excitação sexual
sem amor, sem carinho, sem dar, sem Deus – o egoísmo e a dor dão mais
prazer. É inacreditável, mas até mesmo os cristãos estão se deixando
levar por essa doutrina”, pontua.
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