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O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu (PT), condenado por corrupção ativa no julgamento do mensalão, é um dos investigados no escândalo do petrolão. De acordo com reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, os investigadores da Operação Lava Jato desconfiam que Dirceu tenha sido um dos beneficiados com dinheiro do esquema e tenha intermediado o pagamento de propina por meio de uma de suas empresas. De acordo com a Veja, a Justiça Federal determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-ministro, do irmão dele Luiz Eduardo de Oliveira e Silva e da empresa JD Assessoria e Consultoria Ltda., da qual ambos são sócios. O Ministério Público Federal encontrou indícios de que a empresa de Dirceu tenha recebido recursos de empreiteiras ligadas ao esquema de desvio de recursos na Petrobras, entre elas a Galvão Engenharia, a OAS e a UTC Engenharia. Segundo o juiz, a JD Assessoria e Consultoria recebeu 3,7 milhões de reais das construtoras, cujos executivos foram presos no fim do ano passado pela Polícia Federal. Os procuradores da República encontraram vínculos da empresa de Dirceu com as empreiteiras ao analisar documentos contábeis apreendidos na Lava Jato. Em uma lista da Galvão Engenharia, a JD aparece como prestadora de "consultoria" pela qual recebia 25.000 reais mensais – ao todo, a firma de Dirceu recebeu 725.000 reais da empreiteira. Em nota ao Jornal Nacional, José Dirceu confirmou que prestou serviços de consultoria às empresas e se colocou à disposição para prestar esclarecimentos à Justiça. A Galvão Engenharia disse que não iria se pronunciar sobre a investigação. A UTC Engenharia confirmou que contratou a JD Assessoria e Consultoria para a "prospecção de negócios de infraestrutura no Peru e na Espanha". A reportagem do Jornal Nacional informa que ninguém foi encontrado para comentar as suspeitas na OAS.
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