Juiz chega atrasado para voo e dá voz de prisão a funcionários que impediram embarque
Juiz é acusado também de trabalho escravo| Foto: Reprodução
O
juiz Marcelo Testa Baldochi, da comarca de Senador La Rocque, no
Maranhão, deu voz de prisão a três funcionários da empresa aérea TAM,
após chegar atrasado para o embarque a Ribeirão Preto, em São Paulo, e
ser impedido de entrar na aeronave. Segundo O Glob, o episódio ocorreu
na noite do último sábado (6) no aeroporto Renato Cortez Moreira, em
Imperatriz, e foi gravado num celular por uma pessoa que estava presente
no guichê da TAM. “Quietinho. O senhor está presinho, não sai daqui.
Pra aprender a respeitar”, pode-se ouvir o magistrado dizer a um
atendente da empresa aérea. “E o senhor também”, diz o juiz a outro
funcionário que supostamente tenta intervir a favor do colega. A Polícia
Militar foi chamada e conduziu três funcionários apontados pelo juiz ao
Plantão da 10ª Delegacia Regional de Imperatriz. O delegado Regional
Francisco de Assis Ramos ouviu os funcionários e os liberou em seguida.
Segundo ele, os funcionários foram conduzidos sob a acusação de
“desrespeitar o Código do Consumidor”, mas não foram mantidos presos
porque “a parte acusadora, o juiz, não compareceu à delegacia”. Em nota,
a TAM informou que a que “segue todos os procedimentos de embarque
regidos pela Legislação do setor” e que “está colaborando e prestando
todos os esclarecimentos às autoridades”. O mesmo magistrado já foi
acusado pela fiscalização do grupo móvel do Ministério do Trabalho, em
2007, de se utilizar de 25 trabalhadores em situação degradante (análoga
à escravidão) numa propriedade sua – a Fazenda Pôr do Sol, em Bom
Jardim (MA). Em 2011, Testa Baldochi foi condenado pela Justiça
maranhense a indenizar em R$ 31 mil quatro desses trabalhadores. Em
dezembro de 2012, o juiz foi agredido a facadas e pedradas por um
flanelinha, a quem não aceitou dar dinheiro, na saída de uma pizzaria,
em Imperatriz.
Fonte: Bahia Notícias;
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