DENUNCIADA SEITA DEMONÍACA
Meninas faziam invocações, bebiam sangue de animais e tinham que matar um desafeto
Símbolos usados pelo líder da seita
A Polícia Civil do Amazonas apresentou Renato Reis Fragata, 30 anos,
como o líder de uma seita demoníaca. Ele é suspeito de ter violentado
mais de 70 adolescentes, além de obriga-las a participar de rituais de
magia negra.
Os crimes ocorreram nas cidades de Parintins e Iranduba, e foram
desvendados após algumas vítimas fazerem denúncias. As adolescentes
envolvidas têm entre 13 e 17 anos. O suspeito admitiu que teve relações
sexuais, mas que era consensual. Ele conta que se aproximava das jovens
na porta das escolas e fazia contatos por redes sociais. Diante dos
repórteres limitou-se a dizer: “Eu represento Lúcifer na terra”.
Paulo Mavignier, delegado titular de Iranduba, relata: “Motivadas
pela curiosidade, essas garotas acabavam aceitando participar do grupo
satânico. Ele, então, repassava orações satanistas baixadas da internet
para as vítimas e realizava rituais de iniciação. Para evoluírem na
seita, as meninas tinham que fazer duelo de orações, beber sangue de
animais, matar um desafeto e, por fim, manter relações sexuais com ele.
Segundo o depoimento do Renato e de algumas vítimas, ao fazer sexo com
ele, as garotas receberiam o poder que ele dizia ter, transformando
essas meninas em bruxas”. Não há comprovações que nenhuma delas tenha
cometido um homicídio, mas admitem terem seguido os rituais.
Em depoimento à polícia, ficou confirmado que ele manteve relações
sexuais com 13 garotas em Iranduba e mais de 60 em Parintins. Algumas
vezes, o contato sexual era feito nos cemitérios das cidades.
RENATO REIS FRAGATA
Renato vai responder pelos crimes de estupro de vulnerável,
corrupção de menores e por divulgação de material pornográfico de
adolescentes. A polícia investiga um caso de aborto realizado pelo
suspeito.
“Uma das meninas engravidou de outro homem e o próprio Renato acabou
realizando um procedimento de aborto. Segundo ele, o aborto teria sido
feito através de uma oração, mas isso ainda estamos investigando”,
esclarece o delegado Mavignier.
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