Tribunal chinês condena político corrupto à morte
Zhang Shuguang, ex-diretor ministerial, foi condenado
por receber R$ 18,7 milhões em propinas. Todos os seus bens foram confiscados
pelo governo
Zhang Shuguang, ex-diretor de Transporte do extinto
Ministério de Ferrovias da China
(EFE/EFE)
Um tribunal da China condenou à morte nesta sexta-feira o
ex-diretor de Transporte do extinto Ministério de Ferrovias do país,
Zhang Shuguang, mão direita do ex-titular da pasta, Liu Zhijun, também
sentenciado à pena capital no ano passado. Como ocorreu no caso de Liu, a
sentença contra Zhang está “suspensa por dois anos”, o que significa
que se o preso mostrar bom comportamento na cadeia sua pena pode ser
substituída pela prisão perpétua.
A justiça chinesa considerou Zhang culpado de corrupção após receber
mais de 47 milhões de yuans (18,7 milhões de reais), através de subornos
de companhias com quem fechava contratos públicos entre 2000 e 2011,
informou a agência oficial Xinhua. Por causa do crime, Zhang, um dos
engenheiros chefes do ministério, teve seus direitos políticos cassados
para o resto da vida e todas suas propriedades confiscadas.
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Zhang faz parte do grave escândalo que abalou o antigo Ministério de Ferrovias da China, o que levou ao seu desmantelamento, pondo em dúvida o desenvolvimento de trens de alta velocidade no país, um dos que mais investe nesse tipo de transporte no mundo. Já Liu, condenado em 2013, foi o responsável por gerir a pasta entre 2003 e 2011, quando a Comissão Disciplinar do Partido Comunista da China abriu uma investigação contra ele por causa de corrupção. Até a revelação do escândalo, o Ministério de Ferrovias era o segundo com maior orçamento do governo chinês, perdendo apenas para o de Defesa.
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Cruzada – O presidente chinês Xi Jinping embarcou em cruzada contra a corrupção desde
que tomou posse em março de 2013, comprometendo-se a agir contra
"moscas e tigres” – em referência a funcionários de baixa patente e aos
políticos graduados –, não poupando ninguém, independentemente da sua
posição. De acordo com a mídia estatal, citando informações mais
recentes, pelo menos 108.000 funcionários foram punidos nos primeiros
nove meses de 2013.
(Com agência EFE)
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