COMO ANDAM AS RELAÇÕES DO IPHAN COM A CACHOEIRA
Extraído de nota pública produzida e divulgada pelo superintende regional do IPHAN, na Bahia, nas redes sociais
Note como a referida autoridade desrespeita e ofende a honra do chefe do Executivo da Cachoeira. Em manifestação semelhante, senhora desconhecida da sociedade cachoeirana comenta de forma tão agressiva quanto agressiva são as inúmeras ruínas que verdadeiramente prosseguem desfigurando o conjunto tombado da Cidade Histórica e Monumento Nacional, as quais os R$ 55 milhões de reais e mais os R$105 milhões, anunciados pelo mencionado superintende não alcançaram uma sequer.
NOTA SOBRE AÇÃO EMERGENCIAL EM CACHOEIRA, BAHIA
A
cidade de Cachoeira, localizada às margens do Rio Paraguaçu, no
Recôncavo Baiano, possui um dos mais expressivos acervos arquitetônicos
do período colonial Brasileiro, respondendo por cerca de 30% dos bens
nacionalmente protegidos no Estado. Além do Conjunto Arquitetônico e
Paisagístico, convertido em Monumento Nacional pelo Decreto 68.045, de
18/01/1971, através do processo 843-T-71, inscrito no livro
Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, nº49, fl. 12, de 21/09/1971, o
município possui 31 bens individualmente tombados, número superior ao
acervo protegido de vários Estados da Federação.
Em face de sua
relevância, Cachoeira recebeu do Governo Federal ao longo do últimos 10
anos recursos de R$ 55.000.000,00 (cinqüenta e cinco milhões de reais)
aplicados em ações no Patrimônio Cultural, o que colocou a cidade no
topo da lista dos municípios que mais investimentos recebeu em todo o
país.
O Acordo de Preservação do Patrimônio Cultural – APPC do
PAC das Cidades Históricas, capitaniado pelo IPHAN, firmado em outubro
de 2010, prevê investimentos totais de R$ 105.000.000,00 (cento e cinco
milhões de reais) até 2013, pelos governos estadual e federal.
Apesar
de todo o exposto, e por absurdo, a Prefeitura Municipal tem adotado
uma conduta irresponsável e desidiosa, se configurando como uma das
principais ameaças à preservação do Patrimônio Cultural de Cachoeira.
Além de se furtar a cumprir o seu dever constitucional de preservar o
patrimônio cultural local, não fiscalizando e permitindo a disseminação
de intervenções ilegais na cidade, o Poder Público Municipal tem pregado
sistematicamente a desobediência aos diplomas legais de proteção do
Patrimônio Cultural. Os danos cometidos contra o acervo histórico,
cultural e artístico nacional se constituem em crimes cometidos contra o
Patrimônio Nacional, sendo submetidos ao juízo da Justiça Penal
Federal.
Eu
estava escrevendo e, de repente, sumiu o que já havia escrito, mas vou
resumir o que escrevia, escrevendo: Cachoeira é a cidade! Cachoeira é a
alma do Recôncavo Baiano (que me perdoem as outras cidades, mas, para
muitas, como fala Edmar, as canas já
deixaram de ser doces há muito tempo). Proteção para Cachoeira por que o
seu gestor não tem competência para administrá-la. História,
patrimônio, arquivo, para o prefeito de Cachoeira, é sinônimo de lixo,
de coisa velha. Parabéns ao IPHAN, que sempre tentou proteger Cachoeira
dos "modernosos" e a PF por estar a postos contra a sanha de um
incompetente. Eu vivi em Cachoeira e me sinto cachoeirana, apesar de vir
do sudoeste da Bahia, tão distante do litoral. Para aqueles que não
nasceram em Cachoeira, como eu, ser cachoeirana é uma questão de
sentimento. Proteção para a centenária senhora!
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