terça-feira, 7 de outubro de 2014


A visão do sucesso verdadeiro e do falso sucesso à luz do discurso perlocutório
Por Pedro Borges dos Anjos*
 
É pertinente definir, inicialmente, “sucesso” conforme a visão que instrui e operacionaliza os meios para a materialidade deste discurso. Não é a visão lecionada nos dicionários, embora possa coincidir.

Sucesso é a capacidade nata ou adquirida que o ser humano tem para recepcionar resultados de ações com espírito de absoluto equilíbrio. Quando fatores adversos ao planejado, aparentemente, causam dilação ao esperado, resultados que não correspondam ou pareçam distanciarem-se das expectativas, quando são desproporcionais aos valores que integram o caráter e os sentimentos do homem,  cidadãs e cidadãos de sucesso não  recepcionam tristezas nem  mágoas nem  ódios nem sentimentos de vingança. Permanecem firmes, não se abalam. Sua estrutura de valores não reconhece derrotas nem insucessos nem fracassos, antes tudo lhes é vitória, tudo lhes é sucesso. Não recepcionam nem reconhecem enfermidades nem pobrezas nem a morte, tudo lhes é saúde, tudo lhes são riquezas, tudo lhes é vida.

A visão de sucesso revela que o seu portador, ao proceder à escolha que lhe chega ao raciocínio íntimo, quaisquer ações, qualquer empreendimento, ele (ou ela) busca a sua materialidade, no segundo momento, através de atos de fala, proferindo-os formalmente em permanente discurso perlocutório, tendo, inicialmente, a si próprio e o Universo como ouvintes.  Nos estágios sucessivos, prossegue raciocinando, falando e vivendo emoções da materialidade de tudo que se discursou para si e para o Universo, mesmo que a materialização não esteja lá com que possa ser vista a olhos físicos vernaculares. O Universo infalivelmente executará a melodia da composição, do discurso, da oração performativa.

Na visão secular ordinária, no entendimento vernacular, somente os ricos, os que ocupam as páginas mais destacadas da mídia jornalística ou televisadas, são considerados sucessos. Fosse assim, gente do povo de todas as nações seriam fracassos. Milhões de indivíduos anônimos realizam sonhos, são sucessos, são felizes. A visão que ignora valores seculares do sucesso anônimo é reconhecidamente falsa. Não são fracassos nem é justo ignorar-lhes o sucesso de quem contribui com suas habilidades, qualificações e inteligências, para colocar na evidência midiática aqueles que a visão comum enxerga como sucesso.

O portador deste discurso, ao enunciá-lo, nada, ninguém poderá impedir a sua materialização. Quem for determinado pelo Universo como instrumento para a sua realização e resistir, será derrotado. Quem resistir suas soberanas forças de materialização será cumulado de maldições. Quem não afastar de si a resistência para servir ao Universo no cumprimento da petição perlocutória, será ferido de enfermidades graves, vítima de incontroláveis maldições. Entre esses, os que resistem não morrer, serão mortos. Ninguém tem o poder de contrariar as soberanas forças do Universo.

Quem tem domínio deste discurso, ao enunciá-lo, passa a visualizar, a viver as emoções de sua materialidade, mesmo que os objetos do pleito, a natureza visível do desejo, ainda não estejam lá. É nesta atmosfera que o Universo materializa propostas com integral fidelidade aos verbos que integram a estrutura dos enunciados expostos e combinados em atos de fala. Quem estiver em posição de agir, de determinar providências para sua materialização e não o faz; quem ignorar; quem descrer que nada lhe acontecerá, expõe-se a extrema gravidade, pois, as forças que materializam ou fazem materializar atos de fala desta natureza, são soberanas, agem no invisível, até no infinito agem. Para o Universo não há obstáculos nem adversários nem oponentes nem inimigos, por mais poderosos que pareçam, capazes de resistir ao seu soberano poder de realização, de materialização do que lhe é proposto no discurso perlocutório. Resistir a forças dessa natureza, é condenar-se à derrota, é cavar a própria sepultura.

Prof. Pedro Borges dos Anjos,*pesquisador especialista em discurso perlocutório.

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