Em
busca do Criador
Paiva
Netto
Habitantes do Universo - seja ele físico
ou espiritual, com suas
numerosas possibilidades de atuação da criatura -, somos naturalmente
receptivos à cultura do Ecumenismo dos Corações,
instrumento capaz de nos iluminar o raciocínio e a Alma na incessante
busca do Criador.
E não se trata de um roteiro fácil. O religioso que exerce dignamente seu ministério
sofre muito; o cientista de vanguarda em geral padece da incompreensão de seus
pares; o político honesto é constantemente pressionado pela corrupção que envergonha
o planeta; o filósofo de visão avançada se angustia com
o pensamento ainda limitado de sua geração; e assim por diante.
O ALERTAMENTO DE SCHILLER E A FUNÇÃO DA DOR
Em “Jesus, a Dor e a origem de Sua
Autoridade”, livro que estou para lançar, em 8 de novembro, nos 25 anos do TBV, teço longa dissertação sobre a Dor, pois
infelizmente este tem sido o roteiro interpretado pela Humanidade. No entanto,
faço-o inspirado no extraordinário exemplo de
Jesus, o Cristo Ecumênico; portanto, não para a derrota nossa no desânimo, mas visando à vitória, visto que os
tenho capacitado para pegar até do
tormento e, com ele, alavancar a coragem. Meu intuito, assim, é
mostrar a Vocês que a Dor nos fortalece e nos instrui a vencer todos os obstáculos. (...) Suplantar
a adversidade foi uma das maiores lições que Jesus nos legou. E o Pai Celestial deu-Lhe a Sua bênção, fazendo-O
herdeiro do Poder e da Autoridade Dele. Jesus, o Pedagogo Sublime,
misericordiosamente oferta essa Magna Autoridade
- em diversos graus, na escala da experiência celeste - aos que
já tenham compreendido que o governo da
Terra tem início no Plano da Verdade. Estejamos, pois, atentos, porque vivemos, em intensidade vertiginosa - bem que
a maioria não perceba-, a transição apocalíptica
anunciada desde os Profetas do Antigo Testamento, entre eles Daniel,
Isaías, Ezequiel e Zacarias.
Sobre
essa antevista era de transformação planetária, existem os que nela com firmeza
confiam, bem como os que não lhe concedem o mínimo crédito.
Ocorre, todavia, que, na
contemporaneidade, pensadores e cientistas de renome têm vivenciado
preocupações que antes não lhes abalavam o labor, quais sejam, o
aquecimento global, com a aceleração das mudanças climáticas, além do perigo da
guerra pela água, pela futura falta de combustível e pelo espaço vital, tendo em vista o grande crescimento da população do
planeta.
Notamos que algo começa a sacudir os mais renitentes negadores
daquilo que os de
visão espiritual aclarada
percebem com vasta antecedência, como, por exemplo, a existência do Mundo
ainda Invisível, a Morada dos Espíritos.
Friedrich von Schiller (1759-1805),
dramaturgo, poeta, filósofo e historiador alemão, resumiu o quadro atual com as seguintes palavras: “- Se do céu não desce a chispa que inflama, se não se aviva o Espírito,
os corações languescem”.
A função
pedagógica divina da
Dor não é a de nos destruir, porém a de
nos elevar no caminho da salvação. Vejam
por que o Apocalipse foi escrito. E, já lhes disse, ele é uma carta de Amor de Deus a nós, Seus
filhos: “- Bem-aventurados aqueles
que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro de Deus, para que lhes
assista o direito à Árvore da Vida Eterna e para entrarem na cidade [Jerusalém Celestial] pelas portas” (Apocalipse, 22:14).
Novamente destaco: “Aqueles
que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro de Deus”, isto é, em suma, aprender e vivenciar a Santa Doutrina do
Cristo, que fala ao coração e clareia o cérebro e pela qual Ele entregou Sua vida.
Assim, corrigiremos nossos equívocos e teremos nossa Alma limpa por esse Divino Conhecimento.
José de Paiva Netto - Jornalista, radialista e escritor.
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