EM CARTA ABERTA A WAGNER, PROCURADOR CRITICA ESCOLHA DE DESEMBARGADOR
Foto: Reprodução
O procurador de Justiça na Bahia, Rômulo de Andrade Moreira, criticou abertamente a escolha de Lindivaldo Raimundo Britto para a vaga de desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
Em carta direcionada ao governador do Estado, Jaques Wagner, Moreira
alfineta a indicação de Rui Costa para sua sucessão no Palácio de Ondina
e diz que o “gênio” teria deixado de escolher “o mais votado, e o
melhor, o Procurador de Justiça Washington de Araújo Carigé, para fazer a
pior das três opções: o árabe”. O procurador acusa Britto de ter feito
uma “péssima” gestão à frente da Procuradoria Geral de Justiça, onde
esteve de 2006 a 2010, além de ser um “parecerista mediano”. “Quando
Procurador de Justiça fez uma péssima administração, confusa, criando
uma pletora de núcleos, centros, grupos e coisas e tais, nas duas
gestões. [...] Desconheço uma vírgula escrita pelo escolhido que
merecesse uma leitura mais atenta (pelo menos de minha parte)”, diz no
texto, publicado em seu perfil do site JusBrasil. Ainda segundo Moreira,
o antigo procurador-geral teria dito que pretendia ser desembargador
porque “se achava inútil na atual função”. “Somos, pois, colegas
Procuradores de Justiça, todos uns inúteis! Dizia ter no sangue o DNA do
Ministério Público. Pelo jeito deve ter feito uma transfusão de sangue
inédita, já que agora o seu DNA é da Magistratura (na qual, aliás,
deveria ter entrado via concurso público)”, apontou, em referência ao
Quinto Constitucional – que destina um quinto dos lugares dos Tribunais
dos Estados a membro do Ministério Público e advogados com mais de dez
anos de carreira. O texto ainda acusa o novo membro do TJ-BA de ter sido
nomeado, em primeiro lugar, como censor da Polícia Federal em 1986 e de
ser amigo de opositores de Wagner como o candidato ao Senado Geddel
Vieira Lima (PMDB), do deputado federal José Carlos Aleluia (DEM) e de
Paulo Souto (DEM). Ao fim do texto, ele ainda frisa não ter tido postura
preconceituosa ao se referir a Britto como “árabe”. “A referência no
texto sempre ao 'árabe' não é preconceituosa, mesmo porque a minha
mulher tem a mesma descendência. Serve apenas para evitar escrever o
nome o árabe”, reforça.
Fonte: Bahia Notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário