quinta-feira, 11 de setembro de 2014

EM CARTA ABERTA A WAGNER, PROCURADOR CRITICA ESCOLHA DE DESEMBARGADOR

Em carta aberta a Wagner, procurador critica escolha de desembargador

Foto: Reprodução
 
O procurador de Justiça na Bahia, Rômulo de Andrade Moreira, criticou abertamente a escolha de Lindivaldo Raimundo Britto para a vaga de desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Em carta direcionada ao governador do Estado, Jaques Wagner, Moreira alfineta a indicação de Rui Costa para sua sucessão no Palácio de Ondina e diz que o “gênio” teria deixado de escolher “o mais votado, e o melhor, o Procurador de Justiça Washington de Araújo Carigé, para fazer a pior das três opções: o árabe”. O procurador acusa Britto de ter feito uma “péssima” gestão à frente da Procuradoria Geral de Justiça, onde esteve de 2006 a 2010, além de ser um “parecerista mediano”. “Quando Procurador de Justiça fez uma péssima administração, confusa, criando uma pletora de núcleos, centros, grupos e coisas e tais, nas duas gestões. [...] Desconheço uma vírgula escrita pelo escolhido que merecesse uma leitura mais atenta (pelo menos de minha parte)”, diz no texto, publicado em seu perfil do site JusBrasil. Ainda segundo Moreira, o antigo procurador-geral teria dito que pretendia ser desembargador porque “se achava inútil na atual função”. “Somos, pois, colegas Procuradores de Justiça, todos uns inúteis! Dizia ter no sangue o DNA do Ministério Público. Pelo jeito deve ter feito uma transfusão de sangue inédita, já que agora o seu DNA é da Magistratura (na qual, aliás, deveria ter entrado via concurso público)”, apontou, em referência ao Quinto Constitucional – que destina um quinto dos lugares dos Tribunais dos Estados a membro do Ministério Público e advogados com mais de dez anos de carreira. O texto ainda acusa o novo membro do TJ-BA de ter sido nomeado, em primeiro lugar, como censor da Polícia Federal em 1986 e de ser amigo de opositores de Wagner como o candidato ao Senado Geddel Vieira Lima (PMDB), do deputado federal José Carlos Aleluia (DEM) e de Paulo Souto (DEM). Ao fim do texto, ele ainda frisa não ter tido postura preconceituosa ao se referir a Britto como “árabe”. “A referência no texto sempre ao 'árabe' não é preconceituosa, mesmo porque a minha mulher tem a mesma descendência. Serve apenas para evitar escrever o nome o árabe”, reforça.
 
Fonte: Bahia Notícias 

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