Erramos. Mal-feitos do PT de Wagner sairam n´A Tarde 2 anos antes de Veja
Por Fernando Conceição, jornalista
HÁ DOIS ANOS BIAGGIO TALENTO, CAROL AQUINO E JOÃO PEDRO PITOMBO, jornalistas de A Tarde, assinaram matéria publicada na edição de 1º/ 07/2012 desse jornal.
Sobre o esquema operado pelo Instituto Brasil, de desvio de dinheiro público com indícios de benefício a políticos do Partido dos Trabalhadores e do
PCdoB, entre os quais o candidato indicado pelo governador Jacques
Wagner à sua sucessão, Rui Costa.
Na edição desta semana, nas bancas e na internet, a revista Veja
traz novas informações sobre o esquema, entre as quais uma entrevista
com o senador Walter Pinheiro (PT/BA), reconhecendo o esquema mas
negando que sabia detalhes dos recursos financeiros utilizados em sua
campanha à Prefeitura de Salvador em 2008. Há o áudio da entrevista dele à revista.
A poucas semanas das eleições de 5 de outubro,
os caciques do PT no Estado, incluindo os citados pela presidente do
Instituto Brasil nas investigações do Ministério Público – assim como a
Procuradoria Estadual, instâncias autônomas ao governo de plantão –
desesperadamente tentam esconder os fatos presentes nas investigações
reveladas por aqueles três repórteres de A Tarde em 2012 e pelas novas da revistas Veja.
Afinaram o discurso tentado se passar de vítimas de uma suposta trama da revista e do candidato oposicionista Paulo Souto (DEM).
Será que cola? – é a aposta domarketing político governamental. Seria o momento de a imprensa livre aprofundar as investigações, mas talvez exigir isso da imprensa baiana hoje seja uma ingenuidade.
De suspeitos que são, tentam desviar o foco das acusações atirando
lama à idoneidade da presidente do Instituto Brasil. Como quem tutu, tem
medo, ela declarou estar temendo por suas vida e a de seus familiares. O caso Celso Daniel não saiu da memória coletiva de ninguém.
MEIA CORREÇÃO
Corrijo a assertiva de post anterior, em que informava que a imprensa baiana e o jornalismo político da Bahia deveriam fechar as portas, diante das revelações agora divulgadas por uma revista sediada em São Paulo.
O alerta que resulta desse pedido de desculpas àqueles três
jornalistas, extensivo ao jornal A Tarde, me foi feito por leitor atento
deste blog. Do qual recebi o recorte acima reproduzido, de edição do
jornal noticiando o escândalo já em 2012.
Daí, o furo de Veja é parcial. Faltou continuidade nas
apurações de A Tarde. Possivelmente não por empenho daqueles repórteres.
Provavelmente pela insegurança gerada por ameaças comuns que, há pouco,
fizeram com que esse mesmo jornal demitisse um jornalista.
Por pressões de gente com poder econômico. Gente poderosa que
processa judicialmente não o jornal, mas alguns dos mesmos repórteres.
Um deles, o demitido, já condenado em primeira instância. Portanto, na cobertura das eleições na Bahia este ano o que vimos é a formação de uma aliança frankensteniana.
Em prejuízo do esclarecimento público, se consorciam A Tarde, uma emissora de TV pertencente ao ex-governador e cacique Nilo Coelho e o grupo de um ex-prefeito da capital. Os dois últimos tem na biografia processos judiciais por crimes similares aos que hoje o pessoal do PT baiano também responde.
No outro campo, o conglomerado comunicacional do espólio de falecido
Antonio Carlos Magalhães e as empresas da Igreja Universal do Reino de
Deus, além da sudestina rede Bandeirantes tô nem aí.
De toda forma, essa retificação põe por terra as alegações do
discurso petista. Isto é, de que tudo não passaria de oportunismo
eleitoral da oposição na adversa conjuntura eleitoral que o
desacreditado PT enfrenta no momento. Nem Veja nem o DEM inventaram nada nesse particular.
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