Aos 96 anos, mulher conta como era 'pior profissão do nazismo'
Margo Wölk teve por anos o que era considerada a profissão mais perigosa dentro do nazismo. Ela não ia para os fronts de guerra e nunca pegou uma arma na mão. Mas era a provadora de comida oficial de Adolf Hitler e, por isso, viveu todo o período da 2ª Guerra com a possibilidade de morrer envenenada. Em entrevista a rede de televisão RBB, da Alemanha, ela contou sua experiência.
"Eu e algumas garotas éramos responsáveis por provar a comida antes que chegasse a ele [Hitler]. Antes da primeira garfada, tínhamos lágrimas nos olhos por medo de que estivesse envenenada. Depois, chorávamos igual cachorros de rua, aliviados por termos sobrevivido", conta Margo, atualmente com 96 anos.
Margo foi selecionada para a profissão quando o exército alemão tentou destruir a vila onde ela morava, em julho de 1944. Ela serviu ao ditador até 1945, ano em que a 2ª Guerra terminou e Hitler se matou. Ela é a única das garotas que provavam a comida que ainda está viva.
Apesar da suposta proximidade e da importância dela na manutenção da vida de Hitler, Margo jamais conheceu o ditador. Das lembranças da época, ela guarda apenas a sensação de que viveu ali o pior período de sua vida.
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"Ficávamos presas e fomos estupradas por 14 dias seguidos. Nos levavam para uma sala, rasgavam nossos vestidos e nos estupravam. Era o inferno na Terra, um pesadelo que parecia todos os dias que nunca iria acabar", desabafa ela.
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