Coluna Caiu na Rede
Por Heraldo Cachoeira
Energia
Código de Defesa do Consumidor
As distribuidoras de energia terão no máximo 90
dias para cortar a luz de um consumidor inadimplente, respeitado o aviso de 15
dias antes de efetuado o corte. Se depois de três meses de atraso da conta, o
corte ainda não tiver sido feito, a luz tem que permanecer ligada e a empresa
pode cobrar apenas administrativamente (como na Serasa) ou judicialmente os
valores devidos.
Geração de Emprego
A grande obra do governo federal na região - o
chamado Anel Ferroviário - que geraria grande número de empregos, mal começou,
parou, sob a presunção de má utilização dos recursos. A reforma da Ponte Dom
Pedro II, embora não apresentasse expressão geradora de empregos, também está
interrompida.
Comissão Municipal da Verdade
Urge que a Câmara crie e instale a
Comissão Municipal da Verdade, filiada a do Estado e à Nacional
Semelhante a outros municípios, Cachoeira deverá
urgir providências para a criação da sua Comissão Municipal da Verdade, filiada
à do Estado e à Comissão Nacional. Cachoeira e São Félix foram duas cidades
duramente atingidas pelo Golpe Militar de 64. Cachoeiranos e sanfelixtas foram
presos, constrangidos e perseguidos, durante o período da ditadura. A opressão
e a perseguição foram perpetradas
durante todo o período ditatorial,
no governo de ACM e nos governos que o sucederam. Nem o governo de
Waldir nem o de Wagner não buscaram proceder à correção, para fazer justiça.
A perseguição se dava de diversos modos: prisão, a
exemplo dos ferroviários Álvaro Ferreira e Ary Vicente e Stênio Henrique de
Burgos, do previdenciário Lourival Alves, Abílio Figueiredo, Valter Evangelista
da Silva, Paulino Batista Reis, Lindolpho Sala, Elias Cardoso de Jesus, Prof.
Luiz Raposo e o cabeleireiro Ananias Aragão, também um ferroviário conhecido
pela alcunha de Dê, que morava numa casa junto ao Centro Espírita Obreiros do
Bem. Luiz Raposo e Ananias Aragão conseguiram evadir-se entre alguns.
A perseguição prosseguiu anos sucessivos, com a
demissão de ocupantes de cargos do serviço público e exonerações de funções de
confiança de tantos outros, etc. Vale ressaltar que o cachoeirano Aderbal
Burgos, que pertenceu à POLOP, forte organização Marxista de combate à Ditadura
mais de perto, foi condenado em cinco inquéritos da Justiça Militar, mas nunca
conseguiram encontrá-lo nos seus diversos esconderijos para prendê-lo. Foi
anistiado pela Comissão Nacional da Verdade, hoje vive livre e muito bem em sua
terra natal. Os que responderam a inquéritos administrativos, mesmo os
inocentados por Comissões de Inquéritos sob diversas presunções, foram
demitidos arbitrariamente, como é o caso do Prof. Pedro Borges dos Anjos, o
qual foi excluído do serviço público, sob a acusação de abandono de cargo de
docente do Colégio Estadual da Cachoeira, no mesmo período em que foi
posto formalmente à disposição do Gabinete
do Governo ACM como intérprete oficial da Casa Civil, um reconhecido ardil para
saber se ele era membro de organizações anti-golpe, nada descobriram, mesmo
assim o demitiram do seu cargo de professor da Rede Estadual de Ensino.
O advogado cachoeirano Erivaldo de Souza Brito,
residente na cidade do Rio de Janeiro, em visita a sua terra natal, há três
anos, avistou-se com fotógrafo veterano Valter
Evangelista da Silva e o aconselhou a ajuizar uma Ação de agravos morais
e danos financeiros, contra o governo da União, buscando reparação, sugerindo
também que familiares dos já falecidos poderiam fazer o mesmo.
Jornal
Liberdade de Expressão
Artigo 220º. da Constituição Federal: “A
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