Foto: Reprodução
Após legalizar o consumo de maconha no país,
o Uruguai estuda isentar a produção e venda do produto para tentar
minar a atuação do narcotráfico. De acordo com consultores que
aconselham o governo, os preços devem continuar baixos o suficiente para
impedir a concorrência do mercado negro da substância contrabandeada. O
país da América do Sul é o primeiro a decidir pela legalização da
droga. "O objetivo principal não é a arrecadação de impostos. Tudo tem
que ser voltado para enfraquecer o mercado negro", disse o consultor
Felix Abadi. O Uruguai vai conceder até seis licenças para a produção de
cannabis legalmente nas próximas semanas, além de considerar o cultivo
da erva em um terreno controlado pelos militares para evitar o tráfico
ilegal da planta. Enquanto cigarros e bebidas alcoólicas são tributados
pesadamente no país, "o comércio oficial da maconha irá operar
virtualmente livre de impostos", disse Abadi. O presidente José Mujica
assinou um decreto que define os detalhes da nova política este mês.
Segundo o documento, os uruguaios poderão comprar até 10 gramas de
maconha por semana em farmácias, entre 85 centavos e 1 dólar por grama,
um preço comparável ao do praticado no mercado negro.
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