Jesus, o
Mestre do ensino, no ensino como Mestre
Paiva
Netto
Quando cito em minhas
palestras e escritos os educadores, procuro dirigir-me não apenas aos heróicos
profissionais dessa vocação, aos que realmente merecem essa deferência,
contudo, àqueles que recebem de Deus (todos nós) a missão de encaminhar pela
estrada correta as futuras gerações. E tantas vezes - a História está repleta
de exemplos - as lições cotidianas adquiridas nos bancos escolares da
existência também preparam o aluno para enfrentar os desafios de uma sociedade
que chega aos estertores da postura suicida em relação ao meio ambiente.
Linha educacional
ecumênica
Aproveitando o
ensejo, trago algumas ponderações desenvolvidas por mim ao longo dos anos, no
rádio e na TV, e que pautam a linha educacional ecumênica do Instituto de
Educação e das demais escolas da Legião da Boa Vontade (LBV):
A Pedagogia de Deus, antevista pelo saudoso
fundador da Legião da Boa Vontade, Alziro Zarur (1914-1979), da qual decorre
nossa proposta da Pedagogia do Afeto e da Pedagogia do Cidadão Ecumênico, marca
da LBV no transcurso de seus 60 anos, visa à construção da criatura livre, pelo
Amor, pela Verdade e pela Justiça Divinos. Consoante o Senhor da Paz, está
singularizada no
- Amai-vos como Eu
vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos (sentimento) e no Conhecereis
a Verdade [de Deus], e a Verdade [de Deus] vos libertará (razão).
Evangelho segundo João, 13:34 e 35, e 8:32.
Por que Pedagogia do
Afeto? Porque a estabilidade do mundo começa no coração da criança. Não por
acaso o dia dos pequeninos, 12 de outubro, é tão perto da data dos professores,
15 do mesmo mês.
A Pedagogia de Deus
significa Jesus, o Mestre do Ensino, no ensino, como Mestre.
Ora, da mesma maneira
que, para sobreviver, precisamos do pão de trigo, necessitamos do pão
espiritual, o que desceu do Céu, o pábulo da liberdade plena, o alimento da
Vida eterna para todos aqueles que Nele confiam, pois O respeitam (Boa Nova,
nos relatos de João, 6:22 a 59).
Antes, porém, Ele, o
Cristo, como o Pedagogo dos pedagogos, mostrou-nos, para comprovação, a potência que a Sua Sublime Palavra oferta aos que
nela se fortalecem: andou sobre as águas (João, 6:16 a 21). Convocou, assim,
nossa mente a livrar-se do temor do impossível. Demonstrou que nós, indivíduos,
é que criamos limites para nós mesmos e consequentemente para nós, povo.
A Educação e a
Cultura imanentes desse Divino Ser, Bálsamo transubstancial que baixa das
Alturas, oferecendo “Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade” (Evangelho
consoante Lucas, 2:14), é o de que todos carecemos, cidadãos e sociedade,
sabendo ou não, para que estejamos livres de qualquer espécie de fome e de
escravismo: desde o corpo ao Espírito. Trata-se da sempre nova, porquanto
imortal, intelectualidade, acima de espaço-tempo conhecidos, que há de iluminar
os colégios e universidades, a exemplo da Física existente além da Física. O
conhecimento que vem do Educador Celeste — para sublimar todas as vitórias
humanas — é um triunfo diário, a convidar a criatura, ainda infrene, a galgar
patamares jamais vislumbrados, não unicamente no campo restrito à Religião,
todavia na seara da Filosofia, da Ciência, da Economia, da Arte, do Esporte, da
Política, da vida doméstica e pública, etc. O pensamento universal do Cristo
não pode ser jugulado pelo raciocínio tartamudo do homem a erguer-se do curso
primário na Grande Escola chamada evolução.
Enquanto
não nos transformarmos de solitários em solidários, andará faltando humanidade
à Humanidade. E aí está a causa de todo o perigo que tem sufocado o mundo, a
mãe desnaturada dos prejuízos que sofremos.
Mas os seres
espirituais e terrestres, em constante progresso, derrubarão inúmeras barreiras
que, pelos séculos, retardam a sua felicidade. E finalmente a Ciência iluminada
pelo Amor elevará o ser humano à conquista da Verdade.
Proclama o Salmo 99,
versículo 9: “Exaltai o Senhor, nosso Deus, e prostrai-vos ante o Seu Santo
Monte” (isto é, Sua Sabedoria, que desce à Terra na forma de Pão
Espiritual, ou seja: Seu Intelecto exuberantemente clareado pelo Seu Amor),
porque Santo é o Seu Nome. E a Ele rendamos tributo, glória e majestade, como
canta o Salmista, 96:1 a 13.
Os Tempos chegaram.
José
de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.
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