OS IRMÃOS COM A PALAVRA |
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Os bandidos presos nas penitenciárias brasileiras não deveriam
oferecer perigo para a população de contribuintes, mas oferecem. Munidos
de telefones celulares, os chefões do crime transmitem ordens de morte e
destruição que as grades de suas celas não podem impedir.
As
autoridades responsáveis que deveriam impedir a ocorrência da
comunicação dos chefões com os operadores do crime, recorrem às soluções
tecnológicas para o bloqueio dos celulares e se esquecem das soluções
prosaicas e “antiquadas”.
A
primeira consideração a se fazer, diz respeito ao sistema físico que
utilizando portas, salas, revistas e verificações, certamente podem
controlar o ingresso de qualquer coisa nos presídios, desde que conte
com instrumentos vitais e indispensáveis; pessoas honestas e confiáveis
ocupando os cargos após o devido treinamento; qualquer sistema, processo
ou operação, funciona satisfatoriamente quando operado por pessoas
treinadas, honestas e confiáveis.
Outra
consideração trata dos recursos mal aplicados; a má aplicação tem
origem na definição do montante das verbas, abundantes e excessivas em
determinados setores da administração pública e escassas em outros,
quando deveriam ser suficientes em todos os setores, principalmente
considerando-se que os recursos existem, como fica evidenciado no site
do impostômetro (www.impostometro.com.br), que registra minuto à minuto a somatória fabulosa dos recursos arrecadados pela União.
O
resultado piora quando os recursos escassos são aplicados sem um
planejamento válido ou atendem aleatoriamente quaisquer interesses em
detrimento das prioridades.
Junta-se
a isso um conflito, pois as escutas telefônicas das Policias que
oportunamente monitoram os celulares dos bandidos, obtendo informações
importantes para o combate dos crimes, criam a impressão de que os
telefones em poder dos bandidos dão uma contribuição positiva, o que é
falso, pois o preço em violência que a população paga por essa
“contribuição” é muito grande.
Por
fim temos uma incoerência estabelecida quando se discute de que forma
seria possível eliminar os telefones celulares nas cadeias.
Geralmente
se propõe a instalação de sistemas capazes de bloquear e impedir o
funcionamento dos telefones, mas este não é a melhor solução; precisamos
simplesmente que pessoas honestas, íntegras, confiáveis e cumpridoras
de seus deveres, para ocuparem todos os postos de trabalho existentes
nas prisões brasileiras, para que nenhum bandido possa ter a
possibilidade de obter um aparelho de telefonia móvel.
Na
verdade a solução de todos os problemas seria possível se tivéssemos
pessoas honestas e confiáveis, administrando não apenas as prisões
brasileiras, mas pessoas livres e de bons costumes trabalhando com
dedicação e afinco em toda a administração pública.
Isac Bispo Ramos
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M.´.M.´. – Grau 17 - ARLS Nove de Maio - Or.´. SBC
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