quinta-feira, 6 de março de 2014


OS IRMÃOS COM A PALAVRA



        Os bandidos presos nas penitenciárias brasileiras não deveriam oferecer perigo para a população de contribuintes, mas oferecem. Munidos de telefones celulares, os chefões do crime transmitem ordens de morte e destruição que as grades de suas celas não podem impedir.
As autoridades responsáveis que deveriam impedir a ocorrência da comunicação dos chefões com os operadores do crime, recorrem às soluções tecnológicas para o bloqueio dos celulares e se esquecem das soluções prosaicas e “antiquadas”.
A primeira consideração a se fazer, diz respeito ao sistema físico que utilizando portas, salas, revistas e verificações, certamente podem controlar o ingresso de qualquer coisa nos presídios, desde que conte com instrumentos vitais e indispensáveis; pessoas honestas e confiáveis ocupando os cargos após o devido treinamento; qualquer sistema, processo ou operação, funciona satisfatoriamente quando operado por pessoas treinadas, honestas e confiáveis.
Outra consideração trata dos recursos mal aplicados; a má aplicação tem origem na definição do montante das verbas, abundantes e excessivas em determinados setores da administração pública e escassas em outros, quando deveriam ser suficientes em todos os setores, principalmente considerando-se que os recursos existem, como fica evidenciado no site do impostômetro (www.impostometro.com.br), que registra minuto à minuto a somatória fabulosa dos recursos arrecadados pela União.
O resultado piora quando os recursos escassos são aplicados sem um planejamento válido ou atendem aleatoriamente quaisquer interesses em detrimento das prioridades.
Junta-se a isso um conflito, pois as escutas telefônicas das Policias que oportunamente monitoram os celulares dos bandidos, obtendo informações importantes para o combate dos crimes, criam a impressão de que os telefones em poder dos bandidos dão uma contribuição positiva, o que é falso, pois o preço em violência que a população paga por essa “contribuição” é muito grande.
Por fim temos uma incoerência estabelecida quando se discute de que forma seria possível eliminar os telefones celulares nas cadeias.
Geralmente se propõe a instalação de sistemas capazes de bloquear e impedir o funcionamento dos telefones, mas este não é a melhor solução; precisamos simplesmente que pessoas honestas, íntegras, confiáveis e cumpridoras de seus deveres, para ocuparem todos os postos de trabalho existentes nas prisões brasileiras, para que nenhum bandido possa ter a possibilidade de obter um aparelho de telefonia móvel.
Na verdade a solução de todos os problemas seria possível se tivéssemos pessoas honestas e confiáveis, administrando não apenas as prisões brasileiras, mas pessoas livres e de bons costumes trabalhando com dedicação e afinco em toda a administração pública.


Isac Bispo Ramos
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M.´.M.´. – Grau 17 - ARLS Nove de Maio - Or.´. SBC

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