Busca do avião da Malásia é retomada em área diferente
As operações de busca pelo avião da Malaysia Airlines, que caiu no Oceano Índico no dia 8 de março, foram retomadas hoje (28) em uma área diferente, após novos cálculos sobre o consumo de combustível da aeronave.
Após a suspensão das operações na quinta-feira por causa do mau tempo,
dez aviões de seis países (Austrália, Coreia do Sul, China, Estados
Unidos, Japão e Nova Zelândia) começaram hoje a explorar uma zona
situada a 1.100 quilômetros a nordeste daquela que sobrevoaram há uma
semana, a 2.500 quilômetros da costa australiana.
Cinco navios chineses e um australiano dirigiram-se também para a nova área de busca do Boeing 777, que desapareceu depois de decolar de Kuala Lumpur em direção a Pequim, com 239 pessoas a bordo.
A Agência Australiana de Segurança Marítima
(AMSA), que coordena as operações, anunciou hoje que cinco aviões
localizaram “múltiplos objetos” na nova área, mas que é preciso esperar
por uma autorização para que os navios possam deslocar-se ao local
amanhã (29).
A nova zona de buscas estende-se por 319.000 quilômetros quadrados, a cerca de 1.850 quilômetros a oeste
de Perth, mais próximo da terra e fora da faixa dos "Roaring Forties",
nome dado pelos marinheiros às latitudes situadas entre o 40.º e o 50.º
paralelos no Hemisfério Sul, assim apelidados devido aos constantes
ventos fortes, provenientes do Ocidente.
Com as condições meteorológicas mais favoráveis, os aviões poderão efetuar voos de reconhecimento.
“As novas informações de que dispomos baseiam-se na análise contínua
dos dados de radar entre o mar da China meridional e o estreito de
Malaca”, indicou a AMSA.
Por razões desconhecidas, o voo MH370 desviou-se da rota e seguiu para ocidente, passando sobre a Malásia peninsular, em direção ao estreito de Malaca, momento em que os radares o perderam.
Graças aos satélites, sabe-se, pelo menos, que o aparelho continuou a voar durante várias horas para o sul no Oceano Índico.
A Malásia anunciou oficialmente, no dia 25 de março, que o voo MH370 tinha “terminado no sul do Oceano Índico”, sem que, no entanto, qualquer elemento material confirmasse essa situação.
Segundo a AMSA, as novas informações “indicam que o avião voava em velocidade
maior do que havia sido estimada e tinha, assim, consumido mais
combustível, o que reduz a distância possivelmente percorrida pelo
aparelho em direção ao sul do Oceano Índico".
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