segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Pergunta: “É possível ser um cristão gay?”

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 Resposta:“Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus” (1 Coríntios 6:9 – 10). Há uma tendência de declarar a homossexualidade como o pior de todos os pecados. Embora seja inegável, biblicamente falando, que a homossexualidade é imoral e antinatural (Romanos 1:26-27), em nenhum sentido a Bíblia descreve a homossexualidade como um pecado imperdoável. Nem a Bíblia ensina que a homossexualidade é um pecado contra o qual os cristãos nunca vão lutar.

Talvez seja essa a frase-chave na questão de se é possível ser um cristão gay: “lutar contra.” É possível que um cristão lute com as tentações homossexuais. Muitos homossexuais que se tornam cristãos têm lutas frequentes com sentimentos e desejos homossexuais. Alguns homens e mulheres fortemente heterossexuais têm experimentado uma “faísca” de interesse homossexual em algum momento de suas vidas. Se esses desejos e tentações existem não é o que determina se uma pessoa é cristã. A Bíblia é clara que nenhum cristão é sem pecado (1 João 1:8,10). Enquanto o pecado ou tentação específica varie de um cristão para outro, todos os cristãos têm lutas contra o pecado, e todos os cristãos às vezes falham nessas lutas (1 Coríntios 10:13).

O que diferencia uma vida cristã de uma vida não-cristã é a luta contra o pecado. A vida cristã é um caminho progressivo de superar as “obras da carne” (Gálatas 5:19-21) e permitir que o Espírito de Deus produza o “fruto do Espírito” (Gálatas 5:22-23). Sim, os cristãos pecam, às vezes horrivelmente. Infelizmente, às vezes os cristãos são indistinguíveis dos não-cristãos. No entanto, um verdadeiro cristão sempre vai se arrepender, sempre eventualmente voltará a Deus, e sempre vai retomar a luta contra o pecado. Mas a Bíblia não dá suporte para a ideia de que uma pessoa que perpetuamente e sem arrependimento se envolva em pecado possa realmente ser um cristão. Observe 1 Coríntios 6:11: “Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.”

I Coríntios 6:9-10 lista pecados que, se alimentados continuamente, identificam uma pessoa como não sendo redimida — ou seja, não sendo cristã. Muitas vezes, a homossexualidade é destacada da lista. Se uma pessoa luta com as tentações homossexuais, presume-se que essa pessoa não seja salva. Se uma pessoa realmente se envolve em atos homossexuais, definitivamente supõe-se que essa pessoa não seja salva. No entanto, as mesmas suposições não são feitas, pelo menos não com a mesma ênfase, em relação a outros pecados na lista: fornicação (sexo pré-marital), idolatria, adultério, roubo, cobiça, o alcoolismo, a calúnia e mentira. É incoerente, por exemplo, declarar os culpados de sexo pré-marital como sendo “cristãos desobedientes”, e ao mesmo tempo declarar homossexuais como definitivamente descrentes.

É possível ser um “cristão gay”? Se essa frase se referir a uma pessoa que lute contra desejos e tentações homossexuais – sim, um “cristão gay” é possível. No entanto, a descrição “cristão gay” não é correta para tal pessoa, já que ele/ela não deseja ser gay, e está lutando contra as tentações. Tal pessoa não é um “cristão gay”, mas é simplesmente um cristão lutando, assim como há cristãos que lutam com a fornicação, mentira e roubo. Se a frase “gay cristão” se refere a uma pessoa que ativamente, perpetuamente e sem remorsos vive um estilo de vida homossexual – não, não é possível que essa pessoa seja um verdadeiro cristão.

 


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