Décimo
Oitavo Capítulo
do livro Maçonaria Glebiana - Memórias do Império das Trevas
Autor: Pedro Borges dos Anjos
Mestre Maçom
Loja Maçônica Caridade e Segredo
Menciono, escolhido entre muitos, fato da mais
absoluta prova da ação diabólica-luciferiana, que domina e sustenta a atmosfera de cizânias e da anti-fraternidade na Loja
Maçônica Caridade e Segredo, da obediência da Maçonaria Glebiana, da qual seus
membros são seguidores cativos.
Destaquei apenas um fato praticado por sua alta direção, e, obedecido sem a
menor manifestação do raciocínio crítico de seus membros, com que fica provado
serem todos, conscientes ou inconscientemente, escravos da Programação Monarca
implantada na Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia e determinada sua
execução em todas as unidades maçônicas de sua jurisdição. Antes, cumpre relatar de que se trata de uma das mais
antigas unidades maçônicas do estado da Bahia, quase sesquicentenária, fundada
no dia 30 de agosto de 1878. No ano de
2013, 135 anos de fundada. Fica localizada na cidade histórica da Cachoeira, no
estado da Bahia.
Eis o fato:
Manoel Nonato Borges Júnior, aprendiz maçom, numa
sessão cujo clima se revestia de manifesta discórdia entre o venerável que a
presidia e o venerável de honra Rogério Almeida, este, para evitar
que o clima, como o diabo gosta, não acirrasse ainda mais, pediu cobertura do
templo, isto é, solicitou permissão para deixar o templo, conforme instruem as
solenidades maçônicas. Em solidariedade, o aprendiz Manoel Nonato Borges Júnior
também pediu cobertura do templo para acompanhar o seu padrinho. Manoel Júnior
devia algumas mensalidades à Loja. Passou a freqüentar a Loja Maçônica Aliança
Universal, situada na vizinha cidade de São Félix/BA. Passado alguns meses,
quanto tudo lhe parecia tranqüilo, retornou a sua Loja Caridade e Segredo, mas
foi impedido de ter ingresso ao templo, por ordem do venerável, sob a alegação
de que o referido aprendiz estava inadimplente. O ingresso ao templo só seria permitido
depois que quitasse a pendência integralmente. Interferi-me, argumentando que
a falta de pagamento de mensalidades não devia ser motivo para se impedir a um
irmão adentrar ao templo a fim de receber as instruções com que pudesse
qualificar-se aos graus subseqüentes da Ordem Maçônica.
Cheguei, por minha
conta, a pagar dois meses em nome do irmão inadimplente, com que lhe fosse
permitido vir na sessão seguinte, e,
pouco a pouco, ir quitando sua pendência com a tesouraria da Loja. O tesoureiro
recebeu, todavia, na sessão seguinte, devolveu-me a importância, por ordem do
venerável Antônio Pina dos Santos, com o recado de que ao irmão inadimplente só
seria permitido o ingresso ao templo depois que quitasse o débito
integralmente. Mesmo sem freqüentar, o irmão Manoel Nonato Borges Júnior vinha
quitando em parcelas o seu débito.
Ele sofreu terrível constrangimento ante a
determinação ditatorial do venerável da Loja em impedir-lhe o ingresso ao
templo. Meses seguintes, o jovem Manoel Nonato Borges Júnior adoeceu, ficou
gravemente enfermo. Fui avisado por seu padrinho, responsável pela sua
indicação para ingressar na maçonaria, ex-venerável Rogério Almeida. Logo, no
dia seguinte, fui fazer-lhe uma visita no Hospital da Santa Casa de São Félix.
Ele, ao ver-me, estirou a mão e cumprimentou-me dando o sinal de maçom. Busquei
manter um diálogo com que ele pudesse animar-se e falar sobre a maçonaria.
Disse-me ele mais ou menos as seguintes expressões, as quais reproduzo de
acordo com minhas próprias emoções, profundamente decepcionado: “professor, meu
estado é grave. A humilhação que passei na Loja Maçônica Caridade e Segredo não
me sai da cabeça. Até chego a sonhar. Quando acordo, a humilhação está
presente.
Não tenho mais forças para resistir a enfermidade que me debilita,
pois, a minha mente se ocupa exclusivamente das humilhações que passei lá." Busquei confortá-lo, mas tomado por terrível dor de vê-lo já nos seus últimos momentos, despedi-me
dele e saí. Uma semana depois, ele
faleceu. Fui ao funeral. A cerimônia fúnebre foi na Câmara Municipal de São
Félix. A Loja Maçônica Aliança Universal de São Félix negou prestar-lhe
cerimônia fúnebre. Procurada, a Mesa Diretora da Loja, orientada pelo delegado
distrital, negou permissão à família para que o corpo do irmão extinto fosse
velado no salão nobre da mencionada unidade maçônica. A direção da Loja não
estava lá, nem a de São Félix nem a de Cachoeira. Além de mim, apenas dois
irmãos maçons acompanharam o cortejo fúnebre do jovem Manoel Nonato Borges
Júnior, os quais foram por suas próprias iniciativas, mas não como
representantes de suas lojas
maçônicas. Razão por que publiquei no Jornal O
Guarany, do qual sou o editor-chefe, a seguinte nota fúnebre:
maçônicas. Razão por que publiquei no Jornal O
Guarany, do qual sou o editor-chefe, a seguinte nota fúnebre:
Faleceu Manoel Nonato Borges
Júnior
"Faleceu nesta madrugada de
domingo, 05/08/2012, em Salvador, o jovem Manoel Nonato Borges Júnior, membro
de tradicional família sanfelixta. Integrante da maçonaria, do quadro da Loja
Maçônica Caridade e Segredo, em Cachoeira, há cinco anos vinha sofrendo intolerável humilhação e constrangimento
perpetrados pela alta direção da referida Instituição Maçônica, revelou, à
Reportagem do Jornal O Guarany, ao ser visitado. Revelou também que o
constrangimento por que passava lhe vinha gerando flagrantes danos morais e
financeiros, cujos efeitos debilitavam sua estrutura de resistência à
enfermidade que se manifestava em seu corpo. Manoel Nonato Borges Júnior teve
recentemente sua saúde profundamente agravada, ficou depressivo, com que sua
fragilidade física era visível, em consequência do que veio a óbito. O corpo do
extinto foi velado na Câmara Municipal de São Félix, de onde saiu o féretro para sepultamento no cemitério
local, no dia seguinte, às 10h da manhã."
Denunciei o fato na Câmara Municipal de São Félix, no
dia 27/08/2012, representando o Rotary Clube, juntamente com a então presidente
Úrsula Miranda dos Santos. Em seguida, postei na versão on-line do Jornal O
Guarany, a nota que segue:
Rotary Club na Câmara Municipal
| Presidente e vereadores na sessão da Câmara |
Em sua sessão ordinária,
de segunda-feira, a Câmara de Vereadores de São Félix recebeu, no dia
27/08/2012, às 18h30min, comitiva do Rotary Club Cachoeira São Félix, composta
pelos rotarianos Prof. Pedro Borges, Arivalda Almeida e o rotariano licenciado Alvaro
Waldy Borges, tendo à frente a presidente Úrsula Miranda dos Santos.
| Úrsula Miranda |
Após
o cerimonial de abertura da
sessão, o presidente Tácito Luttigards convidou a presidente Úrsula
Miranda
para usar da palavra na Tribuna Livre, a qual expôs o perfil histórico
do
Rotary, destacando que na sua fase inicial e seguinte, a instituição
teve em seu
quadro diversos valores da sociedade sanfelixta, citando os saudosos
rotarianos
Dr. Agnaldo Sampaio, Dr. Ranulpho Oliveira, Humberto Alves, Manoel
Nonato Borges e Manoel Nonato Borges Júnior, etc., mas atualmente,
o clube não tem em seu quadro nenhum sócio desta cidade.
Pediu aos vereadores
incentivar cidadãs e cidadãos sanfelixtas a integrarem o quadro de associados
do referido clube de serviço, com que possa dar prosseguimento a materialização
de projetos sociais nas duas comunidades, recomendados pelo Rotary
Internacional. Sucedeu
a presidente
Úrsula Miranda na Tribuna do Orador, o professor Pedro Borges dos Anjos, em cujo
pronunciamento,
revelou o significado da prova quádrupla do Rotary Internacional, e, na
sequência, em nome do Rotary, prestou homenagem póstuma ao saudoso
rotariano
Manoel Nonato Borges, falecido há anos, e ao filho Manoel Nonato Borges
Júnior,
falecido recentemente, ocasião em que fez a denúncia acima mencionada.

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