Dr. Paulo Elias Severgnini Mendes Júnior,
novo juiz de Direito da Comarca,
enfrentará tarefa árdua e desafiadora
Com mais de 4.000
processos sem tramitação nos cartórios cível e criminal do Fórum Teixeira de
Freitas, o novo juiz tem a árdua tarefa de desarquivá-los, julgá-los com
celeridade, revestido de absoluta disposição para fazer a justiça que resta,
tendo em vista que a injustiça da dilação, tantos anos sucessivos, já lesou
gravemente o direito, o patrimônio e honra dos cidadãos de bem, desde quando
confiaram suas ações ao julgamento dos magistrados titulares e substitutos que
há mais 10 anos sucederam-se na direção da comarca, optando por procedimentos vernaculares, reconhecidamente
respeitáveis, mas sem quaisquer méritos
que ultrapassem a faixa do ordinário. Justiça atrasada é injustiça flagrante e
qualificada.
Rui Barbosa leciona em Oração aos Moços, que “... justiça atrasada
não é justiça, senão injustiça qualificada e manifesta. Porque a dilação ilegal
nas mãos do julgador contraria o direito das partes, e, assim, as lesa no
patrimônio, honra e liberdade.”
Inúmeros processos, no
decorrer de todos esses anos, oneraram autores com pagamentos de custas
judiciais e honorários advocatícios. Entre tantos, muitos já desistiram, alguns
já morreram. Ante a dilação, muitos pleitos não fazem mais sentido. Para tantos
outros, a Justiça não mais lhes inspira credibilidade, sentimento que se
aprofunda ainda mais, com notícias veiculadas na grande mídia sobre denúncias
de venda de sentenças.
Razão por que a tarefa
do novo magistrado da comarca da Cachoeira é árdua e desafiadora.
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