quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

 EM  CACHOEIRA/BAHIA
 
Dr. Paulo Elias Severgnini Mendes Júnior,
novo juiz de Direito da Comarca,
enfrentará tarefa árdua e desafiadora
 
Com mais de 4.000 processos sem tramitação nos cartórios cível e criminal do Fórum Teixeira de Freitas, o novo juiz tem a árdua tarefa de desarquivá-los, julgá-los com celeridade, revestido de absoluta disposição para fazer a justiça que resta, tendo em vista que a injustiça da dilação, tantos anos sucessivos, já lesou gravemente o direito, o patrimônio e honra dos cidadãos de bem, desde quando confiaram suas ações ao julgamento dos magistrados titulares e substitutos que há mais 10 anos sucederam-se na direção da comarca, optando por   procedimentos vernaculares, reconhecidamente respeitáveis,  mas sem quaisquer méritos que ultrapassem a faixa do ordinário. Justiça atrasada é injustiça flagrante e qualificada. 
 
Rui Barbosa leciona em Oração aos Moços, que “... justiça atrasada não é justiça, senão injustiça qualificada e manifesta. Porque a dilação ilegal nas mãos do julgador contraria o direito das partes, e, assim, as lesa no patrimônio, honra e liberdade.” 
 
Inúmeros processos, no decorrer de todos esses anos, oneraram autores com pagamentos de custas judiciais e honorários advocatícios. Entre tantos, muitos já desistiram, alguns já morreram. Ante a dilação, muitos pleitos não fazem mais sentido. Para tantos outros, a Justiça não mais lhes inspira credibilidade, sentimento que se aprofunda ainda mais, com notícias veiculadas na grande mídia sobre denúncias de venda de sentenças.
 
Razão por que a tarefa do novo magistrado da comarca da Cachoeira é árdua e desafiadora.

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