quarta-feira, 13 de novembro de 2013

GRÃO-MESTRE DA GRANDE LOJA DA ITÁLIA ESCREVE AO PAPA FRANCISCO.
“Coloque fim às divisões que atingem nossas relações”.

Apresento o comunicado à imprensa do “Sereníssimo Grande Mestre da Grande Loja da Itália” U.M.S.O.I. (Unione Massonica Stretta Osservanza Iniziatica), Gian Franco Pilloni - divulgado no seu perfil no Facebook -, no qual afirma ter escrito uma carta ao Papa Francisco. 

Roma, “Com extrema comoção e infinita alegria, me dirijo a Vós, Santidade, para fazer-Vos uma humilde requisição, a fim de que se trabalhe para pôr fim às divisões que atingem as relações entre a Igreja Católica e a Maçonaria, com a esperança de que finalmente possa reinar a justa serenidade entre as duas partes, colocando fim às divergências que ainda hoje elevam um muro entre as relações”.

Começa com estas palavras a carta enviada pelo Sereníssimo Grande Mestre da Grande Loja da Itália, Gian Franco Pilloni, a Sua Santidade, o Papa Francisco. Um verdadeiro e próprio pedido de paz e de aceitação, que funda as suas bases sobre valores e princípios comuns às duas realidades.

“[...] não somos um componente adversário da Igreja Católica por Vós Dignamente representada, mas antes, pelo contrário - continua a carta - as nossas estradas são paralelas, de fato, a pensamos como Vós quanto à totalidade dos problemas que afligem a sociedade contemporânea. Como Vós, nós trabalhamos para um mundo de paz e pelo respeito ao ser humano sem distinção alguma e pelo respeito absoluto por todas as religiões”.


A história da diatribe entre Igreja e Maçonaria começa já em 28 de abril de 1738, quando Papa Clemente XII, com a Carta Apostólica In Eminente, coloca em guarda os crentes contra a Maçonaria, daí em diante ela foi condenada por diversos Papas em quase 600 documentos.

Em 1983 desaparece do novo Código de Direito Canônico a palavra “excomunhão” contra os maçons. Para silenciar as vozes insistentes por uma grande mudança, em 26 de novembro de 1983, Joseph Ratzinger, o então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, confirma o juízo da Igreja acerca das associações maçônicas e, logo, a inscrição a elas permanecem proibidas sob pena de exclusão dos sacramentos: “Quem se inscreve na Maçonaria comete pecado mortal e não pode aceder à comunhão. O juízo da Igreja permanece, portanto, inalterado”. Na carta enviada pelo Grande Mestre Gian Franco Pilloni ao Santo Padre, coloca-se o acento propriamente sobre as conseqüências que este fechamento causou ao longo dos anos.

“A posição que a Igreja teve e ainda tem – explica Gian Franco Pilloni na carta - penaliza os Irmãos Maçons de Credo Católico, constringindo-os a professar a fé à margem da Igreja e fazendo com que se sintam quase como intrusos ou fiéis pouco desejados”.

Já por ocasião da inauguração da sede romana da Praça Campo Marzio, em setembro de 2012, o Grande Mestre da Grande Loja da Itália tinha procurado desfazer o senso comum ligados ao pensamento corrente sobre a Maçonaria: “Não se trata de um lobby de uma sociedade secreta. A natureza da Maçonaria é humanitária, filosófica e moral. Estimula a tolerância. Pratica a justiça, ajuda aos necessitados, promove o amor ao próximo. A Maçonaria deixa a qualquer um dos seus membros a escolha e a responsabilidade pelas próprias opiniões religiosas e tem uma relação de respeito absoluto para com qualquer religião.
É apolítica e impõe aos seus membros os deveres de lealdade cívica. Se tivesse caráter secreto, não teríamos aberto uma sede em Praça Campo Marzio, diante das Instituições”.

O fechamento da Igreja e de grande parte da opinião pública, porém, jamais deixou de existir. “Peço a Vós, Santidade, um esforço para eliminar completamente as intolerâncias agora superadas nas nossas relações, publicamente, aceitando, pois, esta minha súplica a Vós - conclui o Grande Mestre Gian Franco Pilloni, na carta - para transformar os nossos templos em templos para a paz, lugares de encontro, lugares de testemunho, dos mais altos e elevados sentimentos de solidariedade e de fraternidade humana”. Perguntamo-nos agora se Sua Santidade, Papa Francisco, decidirá responder a esta carta, acolhendo este ramo de Oliveira [conhecido como símbolo da paz] e colocará “fim” ao eterno confronto entre Igreja e maçonaria."


Eis na íntegra,  o texto original em língua Italiana: 

Masonería pide al Papa superar diferencias.

ROMA, 10 (ANSA)- El Gran Maestro de la Gran Logia de Italia, Gian Franco Pilloni, envió una carta al papa Francisco en la cual le pide poner “fin a las divergencias que aún hoy levantan un muro” en las relaciones de ambas instituciones.

“Con extrema conmoción e infinita alegría me dirijo a Usted Santidad para hacerle un humilde pedido a fin de que se actúe para poner fin a las divisiones que se interponen a las relaciones entre la Iglesia Católica y la Masonería, con la esperanza de que finalmente pueda reinar la justa serenidad entre los dos componentes, poniendo fin a las divergencias que todavía hoy levantan un muro entre las relaciones”, escribió Pilloni en la carta difundida hoy. Un real pedido de paz y de aceptación, que asegura fundar en base a valores y principios comunes.

“No somos un componente adverso a la Iglesia Católica por Usted dignamente representada, todo lo contrario”, asegura el Gran Maestro.

Pilloni agrega que “nuestros caminos son paralelos, de hecho pensamos como Ustedes en la totalidad de los problemas que aquejan a la sociedad contemporánea, como Ustedes actuamos por un mundo de paz y por el respeto del Ser Humano sin distinción alguna y el respeto absoluto hacia todas las religiones”.

La historia de la diatriba entre la Iglesia y la Masonería comienza el 28 de abril de 1738, cuando el papa Clemente XII, con la Carta Apostólica “In eminenti”, pone en guardia a los creyentes contra la Masonería, desde entonces condenada por varios Papas en 600 documentos. En 1983 desapareció del nuevo Código del Derecho Canónico la palabra “excomunión” contra los masones. El 26 de noviembre de 1983 Joseph Ratzinger, el entonces Prefecto para la Congregación para la Doctrina de la Fe, confirmó el juicio de la Iglesia sobre las asociaciones masónicas y la prohibición permanece vigente, bajo pena de exclusión de los sacramentos.
En la carta enviada a Jorge Bergoglio por el "Serenísimo Gran Maestro de la Gran Logia De Italia UMSOI" (Unión Masónica Bajo Estrecha Observancia de Iniciación), se pone el acento en las consecuencias que ese cierre causó por años.

“La posición que la Iglesia tuvo y tiene todavía penaliza a los Hermanos Masones de Credo Católico, obligándolos a profesar la fe al margen de la Iglesia y haciéndolos sentir casi intrusos o fieles poco deseados”, sostiene Pilloni.

“Le pido a Usted, Santidad, un esfuerzo por eliminar completamente las superadas intolerancias hacia nosotros, públicamente, aceptándome, luego de esta súplica, a Usted, transformar nuestros ‘Templos’ en Templos por la Paz, lugares de encuentros, lugares de testimonio de los más altos y elevados sentimientos de solidaridad y hermandad humana”, enfatiza en la misiva. GR-ADG/ACZ

Nenhum comentário:

Postar um comentário