Sei que os maçons da Gleb permanecem calados e vão prosseguir em silêncio sobre o texto que segue. Caso comentem, será para dizer que ordens são normas e que normas têm que ser cumpridas, mesmo que contrariem ou desfigurem a Carta Magna da Nação e direitos fundamentais dos cidadãos. Sei que todos optarão por permanecerem em silêncio. O silêncio e a conveniência, a conivência não exercem o menor poder para interromper a estrutura do mal, ao contrário, concorrem para a sua manutenção.
Quanto mim, tenho compromisso de honra com os valores éticos e morais instruídos pela a Maçonaria Universal. Eu contestarei até derrotar o mau e os maus, até fragilizar os que, de fato, são adversários da Ordem Maçônica. Está muito mais próximo de acontecer. Acontecerá inevitavelmente!
Eis o texto:
Maçonaria Glebiana administrada por uma espécie de Leviatã, com poder absoluto sobre todos os maçons que integram os quadros das Lojas filiadas, revela-se mais forte do que o estado fiel ao cumprimento das solenidades das Leis democráticas.
A Maçonaria, a praticada e imposta pelas autoridades da Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia, têm pleno domínio sobre as lojas de sua jurisdição e sobre todos os maçons filiados à mencionada Potência, com que restringe-lhes direitos garantidos na Carta Magna Nacional, desrespeitando flagrantemente as Leis do país, além de desfigurarem e denegrirem os ensinamentos básicos da Maçonaria Universal.
Um dos grão mestres, usando do tirocínio espúrio, deslocou um pequeno grupo de maçons a uma cidade do interior e os reuniu, declarando-os em assembleia geral, numa das muitas que realizou, ocasião em que fez aprovarem, por unanimidade, o item incorporado ao Código de Leis da referida Instituição, que os imóveis de todas as Lojas Maçônicas filiadas à referida Potência, todo o acervo de bens das referidas unidades maçônicas, passam a integrar o patrimônio da mencionada Grande Loja, não podendo dele dispor para quaisquer transações, nem operações.
Lojas tradicionais, como a Caridade e Segredo, da Cidade da Cachoeira, que construiu seu sólido patrimônio em 135 anos de existência, tem sua propriedade, imóvel secular de inestimável valor arquitetônico e cultural, todo o seu acervo móvel, situado em local privilegiado do Centro Histórico da Cidade Heroica e Monumento Nacional, na Rua Benjamin Constant, No. 01, transferido, sem quaisquer regulamentos, para o patrimônio da Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia.
Solenidades seculares de reconhecido valor litúrgico foram extintas, como o cerimonial de castanholas e a proibição de se receber no templo convidados não maçons do sexo masculino, em festas públicas da Ordem Maçônica, cujas determinações são integralmente cumpridas pelos veneráveis e demais autoridades das Lojas filiadas. Ressalte-se onde quer que haja uma loja maçônica, desde seus primórdios, a Maçonaria recepciona em seus templos, em cerimônias públicas, casais de convidados da sociedade, o esposo e a consorte. Hoje, num manifesto acinte às normas da elegância, o casal convidado, só a esposa permite-se adentrar ao templo. O marido fica no lado fora! É assim mesmo! Os veneráveis e delegados fazem cumprir com todo rigor tais ordens arbitrárias emanadas dos grão mestres!
As Lojas Maçônicas, que não cumprirem a determinação, serão punidas. A verdadeira maçonaria nunca ensinou tal aberração, postura reconhecidamente geradora de constrangimento e desapreço.
É claro que tudo isso vai cair por terra em bem pouco tempo. A Maçonaria da Gleb retornará ao seu "status quo ante".
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