Após ser retirado do ar pelo Canal 21, Valdemiro Santiago pede indenização de R$ 200 milhões
Nesta sexta feira (08) o Grupo Bandeirantes, proprietário de Canal
21, retirou do ar na emissora os programas da Igreja Mundial do Poder de
Deus, que ocupavam cerca de 22 horas diárias em sua programação. O
“despejo” da programação religiosa foi motivado pela falta de
pagamentos, que segundo o site Brasil Econômico fez acumular uma dívida
de R$ 21 milhões. No lugar da programação religiosa foram colocados
games shows que dão prêmios em dinheiro.
Após ser retirado do ar o líder da Igreja Mundial, apóstolo Valdemiro
Santiago, começou a pedir ajuda financeira dos fiéis e a buscar espaços
em outras emissoras; além disso, segundo a jornalista Keila Jimenez,
ele iniciou uma série de ataques públicos à Igreja Universal e seu líder
religioso Edir Macedo, que de acordo com a jornalista vai ocupar o
espaço da Mundial no canal 21.
Valdemiro Santiago decidiu também entrar na justiça contra o Grupo,
pedindo R$ 200 milhões de indenização por causa da rescisão unilateral
de um contrato de compra e venda com a emissora. Há cerca de 10 dias, a
emissora havia informado oficialmente a Mundial sobre a “inadimplência”
contratual, mas a igreja afirma que sua programação deveria continuar a
ser veiculada até a conclusão de uma auditoria.
A empresa WS Music, de propriedade de Santiago e que detém
oficialmente o contrato com a emissora, notificou a Band sobre a quebra
contratual no fim da semana por meio de seus advogados Miguel Pereira
Neto e Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay.
Conhecido como “o advogado de todas as causas”, Kakay já atuou em
casos polêmicos em favor de nomes conhecidos como Duda Mendonça (no
mensalão), Marconi Perillo, Demóstenes Torres e Carlos Cachoeira.
Apesar de a Band justificar a rescisão contratual com a
inadimplência, os advogados contratados por Valdemiro Santiago afirmam
que a quebra do contrato “deve-se a interesses financeiros e comerciais,
envolvendo outra empresa que estaria interessada no canal”, eles
afirmam ainda que entrarão com medida judicial contra “as condutas
arbitrárias” do Grupo Band, “dentre as quais a interrupção abrupta da
programação da TV Mundial, bem como cobrará todos os danos
experimentados em razão das atitudes praticadas”.
Fonte: Por Dan Martins, para o Gospel+
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