quinta-feira, 31 de outubro de 2013


MAIS UMA MEMÓRIA DO IMPÉRIO DAS TREVAS 

Passado Recente
MAIS UM MAÇOM CORRUPTO
Mea-culpa de um Maçom
Anti-maçonaria
A maçonaria é uma organização internacional. Entre seus objetivos está “construir uma sociedade humana, fundada no Amor Fraternal, na esperança com amor a Deus, à Pátria, à Família e ao Próximo, com Tolerância, Virtude e Sabedoria e com a constante investigação da Verdade”. Em tese, antes de entrar para a maçonaria, qualquer um passa por uma espécie de investigação para atestar sua honestidade. Os preceitos da maçonaria envolvem hierarquia rígida e um forte simbolismo.
Dentro da hierarquia, a ascensão de Arruda é considerada meteórica. Em apenas um ano, ele partiu de “aprendiz”, grau mais baixo da organização, passou por “companheiro”, grau intermediário, e chegou a “mestre”, posição que goza de prestígio e interfere nas decisões mais importantes da maçonaria. “A evolução geralmente leva 1 ano e meio. Essa rapidez foi objeto de contestação”, afirma um maçom. De acordo com as regras, os maçons não podem cometer deslizes éticos.

O texto abaixo recebido, é um desabafo de um Maçom pela omissão da Maçonaria frente aos acontecimentos que levaram o Brasil ao estado de corrupção e de crime generalizado em que se encontra.

Esperamos que a Maçonaria tenha aprendido a lição e, doravante, volte a ser a força transformadora da sociedade. Volte a ser o motor principal da história moderna e contemporânea.
Vários Grão-Mestres dos Grandes Orientes e de Várias Grandes Lojas vieram o público este ano exaltando providências inéditas e exemplares pela ética na Sublime Ordem e em nossa nação.

Já o Senador Mozarildo Cavalcante, maçom, recentemente, apresentou um folder do Grande Oriente do Brasil, manifestando o repúdio pelos que está acontecendo de errado no Brasil.

Nos últimos dias, principalmente depois do que ocorreu de difamatório, no atual governo do DF, encabeçado por um dos nossos mais enigmáticos confrades, Roberto Arruda, difundiu várias mensagens desses poderosos Irmãos, vangloriando medidas que deveriam ser tomadas contra a corrupção que se alastrou de alguma forma dentro da instituição.

Por coincidência ou não, vários profanos estão cobrando nossas providências de zelo pelo bom nome da Maçonaria. Vejam bem, estão cobrando, claramente, uma postura séria da Maçonaria, com relação a seus membros que se desviam dos seus preceitos.

Comumente passaram a cobrar da sublime Ordem que não se deixe contaminar pelo vírus da infidelidade, da ganância, da desonestidade e falta de ética.

Citam abertamente que hoje as Lojas Maçônicas estão cheias de elementos sem condição moral e intelectual.

Alguns deles reclamam nossa atenção para que não seja tolerado o descalabro que grassa dentro do governo e das instituições públicas.

Como exemplo, citaremos o Senador Pedro Simon que convocou a CUT, a UNE, LIONS, ROTARY, O POVO EM GERAL E A MAÇONARIA, para que acabassem com a corrupção não reelegendo ficha suja.

O Senador Cristóvão Buarque alertou que existem Maçons na política, fazendo o contrário do que prega a filosofia e os preceitos da Ordem. E pediu que a Maçonaria começasse, em casa, a dar o exemplo, punindo os seus membros corruptos e fazendo uma melhor seleção dos que ingressam em seus quadros.

Não deixaram de destacar feitos passados da Maçonaria incitando os Maçons que se engajassem na luta, voltando a ser a Maçonaria combativa de outrora.

Já o Senador Mozarildo (que é nosso irmão e de enorme prestígio) disse que aqueles que estivessem envolvidos em corrupção, seriam afastados da Ordem.

Temos convicção de que todo esse constrangimento que passamos, aqui e agora poderia ter sido evitado, ou pelo menos seria muito menor, se por acaso, não tivéssemos nos acovardados e nos tivéssemos mantidos escondidos, como nhadus, aquelas aves vistosas que se “protegem” escondendo as cabeças pelo chão.

Consideramos os maus costumes, em todos os sentidos, altamente contagiosos.
Vamos citar o caso do Irmão Roberto Arruda que tranqüilamente resolveu, um dia, dedilhar no painel eletrônico de votação que controla a presença dos nossos eleitos. Declaradamente esse nosso Mano burlou o sistema para tirar proveito de forma enganadora da votação em pauta.
Se o senado, se a justiça brasileira, se a nossa maçonaria tivessem sido atuantes, rigorosos com esse pecado de então, hoje não aconteceriam cenas vexaminosas, defendidas internacionalmente, até por um presidente de República que não quis reconhecer a veracidade das imagens divulgadas.
Em nome do sigilo maçônico mantivemo-nos acanhados, retraídos, medrosos. Nossas cabeças, colocadas lá em baixo, atoladas nos terrenos, corpos inertes, tal quais as citadas e, mas, enormes, poderosas, sempre chamando a atenção, fazendo-se notar pela vivacidade, adornos brilhantes, colares coloridos. Evitando que inimigos fictícios revidassem nossas ações. Sim, queridos manos aquele buraco no chão passa a ser símbolo do sigilo que guardamos nas relações políticas.
Na última década, podemos citar que alguns maçons, contados nos dedos de uma das mãos, não se renderam. Estiveram continuamente, ligados a nossa razão de ser. Foram abnegados lutadores da nossa verdadeira causa. Aquela que honra os antepassados. Aquela que nos causa entusiasmo por melhores dias para nossos descendentes.
Afinal nossas vidas requerem que estejamos de acordo com a realidade e os fatos, devemos ser fieis ao que representamos na Ordem, em face da nossa família e do Brasil.
Deixamos aqui nossos Parabéns aos nossos atuais líderes da maçonaria, pela sensibilidade e medidas adotadas, antes tarde do que mais tarde ainda. Vamos torcer para que essas ações sejam realmente efetivas, que se propalem e se efetuem.

MAIS UM MAÇON CORRUPTO
…Sobrou até para a Maçonaria – uma organização iniciática que já lutou pela independência (até hoje não conquistada) do Brasil, pela abolição da escravatura, pela República. Caiu na mídia que o governador do Detrito Federal, José Roberto Arruda, é Mestre Maçom. É membro da Augusta e Respeitável Loja Simbólica “Areópago de Brasília”, nº 3001, filiada ao Grande Oriente do Brasil, no DF. Numa foto que circula pela internet, enviada por maçons indignados, Arruda aparece vestindo o sagrado avental dos mestres-maçons.

Os maçons querem a cabeça da Arruda. A Soberana Assembléia Federal Legislativa da Maçonaria (mais precisamente do Grande Oriente do Brasil – a mais antiga potência maçônica do País) estipulou um prazo de 15 dias para decidir se expulsa ou não Arruda da ordem maçônica. Os maçons consideram inaceitável que um membro da organização protagonize a cena em que aparece pegando R$ 50 mil com o ex-secretário Durval Barbosa.

A decisão será politicamente delicada. Sabe-se que Arruda colocou em seu governo alguns companheiros de maçonaria. Entidades ligadas aos maçons foram favorecidas em contratos com o governo do Distrito Federal. Uma delas é a Fundação Gonçalves Ledo. Sem participar de licitação pública, a organização receberá mais de R$ 20 milhões. Tudo em nome da beneficência…

A derrota secreta de Arruda
A Soberana Assembléia da maçonaria aceita pedido de expulsão de governador devido ao escândalo de corrupção

Arruda II
Arruda foi gravado recebendo R$ 50 mil do ex-secretário Durval Barbosa

O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, enfrenta ameaças bastante claras e públicas. Apontado por um ex-colaborador como chefe de um esquema de corrupção, nos próximos dias ele pode ser expulso. Arruda também pode sofrer um processo de impeachment na Câmara Distrital – apesar de essa possibilidade ser menor. Longe do domínio público, Arruda enfrenta também uma ameaça discreta, mas não menos danosa para sua carreira política. Na noite da quarta-feira, 2 de dezembro, cerca de 40 integrantes da Soberana Assembléia Federal Legislativa da Maçonaria se reuniram em Brasília para discutir a situação de Arruda. A assembléia é uma espécie de Congresso Nacional da organização, da qual Arruda participa com o grau de “mestre”. Um dos integrantes da assembléia fez um pedido de expulsão de Arruda.

A decisão  sairá em 15 dias, sem possibilidade de recurso.
A maçonaria é uma organização internacional. Entre seus objetivos está “construir uma sociedade humana, fundada no Amor Fraternal, na esperança com amor a Deus, à Pátria, à Família e ao Próximo, com Tolerância, Virtude e Sabedoria e com a constante investigação da Verdade”. Em tese, antes de entrar para a maçonaria, qualquer um passa por uma espécie de investigação para atestar sua honestidade.

Os preceitos da maçonaria envolvem hierarquia rígida e um forte simbolismo. Dentro da hierarquia, a ascensão de Arruda é considerada meteórica. Em apenas um ano, ele partiu de “aprendiz”, grau mais baixo da organização, passou por “companheiro”, grau intermediário, e chegou a “mestre”, posição que goza de prestígio e interfere nas decisões mais importantes da maçonaria. “A evolução geralmente leva 1 ano e meio. Essa rapidez foi objeto de contestação”, afirma um maçom. De acordo com as regras, os maçons não podem cometer deslizes éticos.

Arruda pode ser expulso da maçonaria. O principal é o vídeo em que ele aparece pegando R$ 50 mil com o ex-secretário Durval Barbosa. Os maçons consideram inaceitável que um membro da organização protagonize a cena. Além das evidências de corrupção, a situação de Arruda é delicada porque sua relação com a maçonaria é turbulenta.

Depois de muito tempo afastado, Arruda voltou ao convívio da comunidade em 2006, antes da campanha para governador. Arruda esteve no Aerópago de Brasília e repetiu o discurso de cinco anos antes, quando foi flagrado por ter violado o painel de votação do Senado. Declarou-se arrependido dos erros e prometeu que, se eleito, faria um governo voltado para “o povo”. Deu certo. Muitos “irmãos”, como os maçons se tratam, se engajaram na campanha de Arruda, inclusive com contribuições financeiras. “O pessoal está se sentindo enganado”, diz um maçom.

Apesar da discrição da reunião do dia 2 e dos efeitos jurídicos nulos, a eventual expulsão da maçonaria não é um fato a ser desprezado. Os maçons formam uma rede de amizades que foi bastante útil a Arruda para voltar ao poder. Depois de eleito, Arruda colocou em seu governo alguns companheiros de maçonaria. Entidades ligadas aos maçons também foram favorecidas em contratos com o governo do Distrito Federal. Uma delas é Fundação Gonçalves Ledo que, sem participar de licitação pública, receberá mais de R$ 20 milhões para conduzir programas geridos pela Secretaria de Ciência e Tecnologia.

Uma pessoa ouvida por ÉPOCA disse que um dos defensores de Arruda é o grão-mestre do Distrito Federal, Jafé Torres. “Não confirmo nem desminto nada. Se alguém falou sobre alguma sessão, tem de ser punido. Isso é um dogma”, diz Torres

Arruda e a crise na maçonaria
O governador se licencia da organização, mas não evita investigações sobre suposto favorecimento do governo do DF a uma fundação ligada aos maçons.

ArrudaMOZARILDO e ARRUDA
Arruda está com o avental maçônico azul, ao lado do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) 

O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, pediu licença da maçonaria por temer ser expulso da organização. No início de dezembro, ÉPOCA revelou que um processo para o seu desligamento da maçonaria havia sido aprovado e que Arruda seria julgado. Segundo fontes ouvidas pela revista, a expulsão era certa. O motivo do processo foi o aparecimento do governador em um vídeo recebendo R$ 50 mil do ex-secretário de Relações Institucionais do governo Durval Barbosa, no episódio que ficou conhecido como mensalão do DEM de Brasília.

Arruda entrou com o pedido de “quite placet”, concedido pelas lojas maçônicas quando o maçom fica impossibilitado de freqüentar as reuniões por qualquer motivo. O governador fez o pedido em caráter irrevogável. Com isso, a loja fica impedida de não conceder a licença.
Do ponto de vista prático, com o “quite placet”, o processo de expulsão de Arruda da maçonaria fica parado. Se quiser voltar à instituição, Arruda terá de se submeter à aprovação dos maçons. Em dezembro, o governador pediu sua desfiliação do DEM com receio de ser defenestrado dos quadros do partido.

Arruda é mestre grau 3, terceiro de 33 níveis na hierarquia da maçonaria. No grau 1, o membro é chamado de aprendiz. No 2, de companheiro. A partir do 3, já é considerado um mestre.

Em entrevista a ÉPOCA, o maçom Walter Fachetti (deputado que integra a assembléia federal da organização), que protocolou pedido de investigação e expulsão de Arruda, diz que o governador nem deveria ter entrado para a maçonaria.

Fachetti, ligado à loja maçônica 22 de agosto em Colatina (ES), afirma que Arruda frustrou a maçonaria por ter prometido fazer um governo voltado para o povo e, depois, ter se envolvido em um escândalo de grandes proporções (mensalão do DEM).
Fachetti lança suspeitas também sobre a Fundação Gonçalves Ledo, vinculada à maçonaria e que fechou convênios, sem licitação, de quase R$ 30 milhões com o Governo do Distrito Federal para gerir programas de informática.

O Ministério Público do Distrito Federal já investiga o convênio da fundação com a Secretaria de Ciência e Tecnologia.

Fachetti diz que, neste momento, não chama Arruda de “irmão”, que é o tratamento entre os maçons. Ele afirma não acreditar na volta de Arruda à maçonaria, mas não duvida que isso aconteça. “É possível que ele peça para voltar e um monte de bandido aprove a volta dele. Infelizmente a Ordem (maçônica) tem pecado muito.”
A seguir, os principais trechos da entrevista do deputado federal maçônico Walter Fachetti a ÉPOCA.
ÉPOCA – O que é o “quite placet”, pedido pelo governador José Roberto Arruda? É uma licença?
Walter Fachetti – Quando o maçom se vê impossibilitado de freqüentar as reuniões, por qualquer motivo, ele entra com o pedido. Isso está no regulamento geral da ordem, no artigo 43. O pedido dele, feito no dia 18 de dezembro, foi apresentado em caráter irrevogável. Não existe nenhum meio que a loja (maçônica) possa revogar. Ela concede simplesmente o “quite placet”.

ÉPOCA – E o governador explica o motivo da licença?
Fachetti – Na verdade eu nem soube por Brasília. Eu que fiz o pedido de abertura de processo contra o Arruda no dia 2 de dezembro. Protocolei no Espírito Santo. Fiz alguns contatos com alguns maçons para pedir apoio, já que eu sou deputado federal da maçonaria. Mas, quando se faz o pedido em caráter irrevogável, você não fala o porquê. Só fiquei sabendo da concessão pela internet.

ÉPOCA – O que acontece com o processo de expulsão dele da maçonaria?
Fachetti – Infelizmente o processo fica parado. Não tem como prosseguir. Isso porque ele não faz mais parte do corpo da loja. Ele continua sendo maçom. Quem entra na maçonaria nunca deixa de ser maçom. Eternamente vai ser maçom. Mas, com o “quite”, fica parado. Mas eu estou estudando algumas possibilidades. Eu recebi alguns documentos do grão-mestre de Brasília, Jafé Torres. Ele tem uma fundação em Brasília chamada Gonçalves Ledo. Houve algum desvio de recursos para ele.

ÉPOCA – Para o Jafé Torres?
Fachetti – Para a fundação. Ela teve um valor pequeno até 2003 em que dava para pagar só a contabilidade e alguns funcionários. No ano passado, teve uma receita exorbitante. Estou vendo a possibilidade de abertura de um processo de investigação da maçonaria sobre a fundação Gonçalves Ledo, que é mantida pela maçonaria, por alguns maçons que não deveriam estar no meio. O que prezamos acima de tudo é a liberdade, a fraternidade e a igualdade. Essa forma de maracutaia, a maçonaria, em nenhum momento, comunga com isso. Infelizmente não temos como separar muitas coisas. As pessoas começam a ficar marginais depois que entram na política. Geralmente no nosso meio não se encontra esse tipo de pessoa. Mas entraram. Por motivos alheios ao que a ordem preceitua. Por isso são coisas que temos de punir. E nós, como maçons que queremos a coisa certa, queremos fazer com que ela aconteça.

ÉPOCA – Seria possível alguma intervenção na loja maçônica do Distrito Federal em função das suspeições?
Fachetti – Só quem pode fazer isso é o Grande Oriente do Brasil, por meio do grão-mestre geral, que é Marcos José da Silva. Caso a loja toda esteja envolvida no processo com o próprio Arruda, que, neste momento, eu não chamo de Irmão. Para mim é um homem de avental que entrou na maçonaria por motivos particulares e alheios aos que a Ordem preceitua. Não deveria nunca ter entrado. Ou seja, ele atingiu o grau de mestre em um período curto, o que não deveria. Com ele foi diferente. Na história da maçonaria só teve um que conseguiu isso e também por interesse: foi Dom Pedro I.

ÉPOCA – Só o Dom Pedro I e o Arruda?
Fachetti – Só o Arruda e o Dom Pedro I. Parece que a assessoria do Arruda é quase toda de maçons da loja dele. Estou batendo contra essa situação porque não admito esse tipo de coisa. Se for para dar um jeitinho, a gente sai da maçonaria e fica do lado de fora, que já está uma bagunça. Dentro da Ordem, fazer uma coisa dessas é lastimável.

ÉPOCA – O Arruda fica impossibilitado de freqüentar as lojas maçônicas?
Fachetti – Sim. Ele fica impossibilitado de freqüentar reunião ou evento fechado da maçonaria. Só eventos abertos, apesar de ser maçom. Esse período dura seis meses e pode ser revogado por mais seis meses. Depois disso, ele pode, com o “quite” na mão, pedir para voltar a qualquer loja, desde que a loja aceite. A mesma coisa que aconteceu lá no Senado. Ele burlou o painel, falou que não tinha sido ele e voltou uns meses depois como deputado e governador. E o povo aceitou.

ÉPOCA – Então o governador Arruda pode voltar à maçonaria?
Fachetti – Pode. Se a loja achar por bem, sim. Existem interesses e interesses. Normalmente não se pode fazer isso. Mas, infelizmente, a Ordem tem pecado muito.

ÉPOCA – Na prática, o que o governador Arruda ganha com o “Quite Placet”?
Fachetti – O processo de expulsão fica parado. Mas acho, particularmente, que ele não volta mais. O desgaste dele dentro da Ordem foi grande. Quando ele cometeu o ato ilícito do painel (violação) e ele já era maçom, o Arruda foi dentro de loja, pediu desculpa e falou que ia fazer um governo voltado para o povo. E a Ordem acreditou nisso. E agora aconteceu uma situação dessa (mensalão do DEM). Eu acho que ele já se queimou o suficiente. Não estou falando que não vai acontecer que não vão aceitar ele. É possível que ele peça para voltar e um monte de bandido aprove a volta dele. Eu digo sempre o seguinte: se você anda com porco, você come lavagem. Se aprovarem a volta, é por outros motivos, que fogem ao que a Ordem preceitua. Eu vou estar em cima, batendo. Porque se depender de mim ele não volta. Somos mais de 300 mil maçons no Brasil. A minha palavra é pequenininha, mas vou tentar fazer.

ÉPOCA – A opinião na maçonaria é de que ele deve ser afastado?
Fachetti – As manifestações contra ele são muitas. Eu tenho de Recife, Fortaleza, São Paulo. Junto com o meu pedido, entrou uma série de pedidos de expulsão dele no judiciário maçônico. Não estou sozinho. A imprensa não sabe muito porque a maçonaria é uma coisa muito fechada. Eu gostaria que este movimento (Arruda) fosse aberto, que fosse escrachado. A maçonaria está vivendo muito do passado. Ajudou na proclamação da República, ajudou na Inconfidência mineira, na libertação dos escravos. O passado é museu. A maçonaria deveria mostrar o que faz hoje em prol dos menos favorecidos. Não existe mais motivo para vivermos escondidos do que jeito que nós vivemos. Ou seja, se tem um cidadão desses (Arruda), que faz uma coisa dessas, ele deveria ser achincalhado pela maçonaria primeiro. Sou partidário dessa idéia. A maçonaria não deveria ficar na escuridão neste momento.

ÉPOCA – Então o senhor não tem motivos para ficar no anonimato.
Fachetti – Não vejo motivos. Só se quiserem me expulsar. Mas não existe motivo para me expulsarem.

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