A presidenta Dilma Rousseff fez, neste sábado, um balanço dos
cinco pactos lançados após as manifestações em várias cidades do país.
Para a presidenta, “o copo está meio cheio, com viés de alta”. Dilma
está em Porto Alegre, onde anunciou investimentos em mobilidade urbana.
Melhorias na área são o objetivo de um dos pactos anunciados pelo
governo em julho, que também incluem saúde, educação, reforma política e
estabilidade econômica.
PT-RS
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– É importante o fato de que o Brasil é um dos únicos países em que
manifestações não foram demonizadas e colocadas como um inimigo público
número 1. Temos escutado e entendido as vozes das ruas e temos avançado.
Para nós, há um resultado importante desse processo de pactuação –
disse Dilma.
Em relação à mobilidade, a presidenta lembrou a falta de investimentos nas últimas décadas:
– Os pactos representam, mais do que tudo, uma direção. No caso
especifico da mobilidade, é o reconhecimento de que nosso país, há 30,
40 anos, não investia em mobilidade de forma adequada, necessária e
sistemática.
Dilma enfatizou a importância dos investimentos em metrôs como a
forma mais eficiente de transporte nos grandes centros. Essa modalidade,
segundo a presidenta, foi improvisada na maioria das cidades. Outro
ponto citado por Dilma como um avanço decorrente das manifestações que
ocorreram foi a aprovação, em agosto, do projeto de lei que destina os
royalties oriundos da exploração do petróleo à educação e à saúde.
– Foi uma grande conquista assegurada por esse momento político. Por
duas vezes, mandei para o Congresso a destinação dos royalties e não
consegui aprovar – lembrou.
Sobre a saúde, a presidenta agradeceu a aprovação da Medida
Provisória (MP) do Programa Mais Médicos pela Câmara, que agora vai à
apreciação do Senado.
– Agradeço ao Congresso a aprovação da MP, mesmo que não concordemos
com tudo, mas com o básico. Queremos que esse processo de entrada dos
médicos se acelere e se faça para beneficiar a população que não tem
acesso (aos serviços de saúde) – disse.
Em relação à reforma política, a presidenta destacou que a medida
depende do Congresso e que é de interesse do país que sejam feitas
mudanças no sentido de haver mais transparência. Dilma lembrou as
comemorações dos 25 anos da Constituição Federal e disse que, agora, o
Brasil é uma democracia experiente que precisa de “ajustamento”.
Sobre a estabilidade econômica, a presidenta
disse que a inflação está sob controle e que o Brasil tem uma baixa
relação entre a dívida e o Produto Interno Bruto (PIB) se comparado a
outros países. “Em agosto, [a relação dívida/PIB] estava em 33,4%, uma
das menores do mudo. O endividamento é bastante baixo”, informou,
citando também a taxa de desemprego verificada no país, cerca de 5,3%,
que, segundo ela, é uma “situação confortável”.
No evento do qual Dilma participou na capital gaúcha, também estavam
presentes os ministros do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas; da
Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário; e da Secretaria de
Comunicação Social, Helena Chagas; o governador do estado, Tarso Genro; o
presidente da Assembleia Legislativa, Pedro Westphalen (PP); entre
outras autoridades.

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