Fernandinho Beira-Mar cursa faculdade de teologia no presídio federal de Catanduvas; Mensalidade será paga por Igreja Batista
Tido como um dos maiores traficantes do Brasil, Luiz Fernando da
Costa, conhecido como Fernandinho Beira-Mar, começou a cursar teologia
no presídio federal de segurança máxima em Catanduvas, no Paraná, onde
cumpre pena atualmente.
O curso de teologia que Beira-Mar está frequentando é ministrado pela
Faculdade Teológica Batista do Paraná (FTBP) e será pago pela Igreja
Batista do Bacacheri, em Curitiba. A mensalidade custa R$ 242,00.
O pastor da igreja, Luiz Magalhães, é capelão do presídio e ministra
cultos no local. Segundo a Folha de S. Paulo, Beira-Mar demonstrou
interesse em estudar teologia após participar de um desses cultos.
O professor Jaziel Guerreiro Martins, diretor da faculdade, disse que
Beira-Mar passou a fazer questionamentos ao pastor Magalhães sobre a
fé, e revelou seu desejo de conhecer a religião “mais a fundo”.
-Existe algo dentro dele que o está levando para mais perto de Deus –
afirmou o professor Martins, que classificou como “quase impossível” um
criminoso como Beira-Mar demonstrar desejo de pagar pelos crimes
cometidos e sanar suas questões com a justiça, se não for por um “mover
de Deus”.
Já o professor Robson Guedini, supervisor dos cursos de teologia à
distância da FTBP, afirmou ao jornal Extra que Beira-Mar tem fé: “Ele
disse: ‘Acredito em Deus’. E falou que seria uma oportunidade para
aprender mais. Oramos juntos, antes e depois da prova”, disse,
referindo-se ao vestibular.
Recentemente, Fernandinho Beira-Mar foi condenado a 80 anos de prisão
pelas mortes dos traficantes Antônio Alexandre Vieira Nunes, Edinei
Thomaz Santos. Preso desde 2002, a soma das penas do traficante chega a
200 anos.
Com os estudos de teologia, a cada 12 horas de curso, poderá abater
um dia de sua pena. A soma total das horas do curso chega a 3.120 horas,
com abordagem de temas como sociologia, filosofia, história, teologia,
sociopolítica e metodologia. Essas horas de estudo proporcionarão uma
redução de 265 dias em sua condenação.
Fonte: Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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