O número dos que recebem o cupom de comida [food stamps, a versão americana do Bolsa Família]
cresceu em agosto, as crianças tiveram acesso a milhões de almoços
gratuitos e quase cinco milhões de mães de baixa renda pediram ajuda ao
programa de nutrição governamental para mulheres e crianças.
Foram 42.389.619 os americanos que receberam food stamps em agosto,
um aumento de 17% em relação a um ano atrás, de acordo com o
Departamento de Agricultura, que acompanha as estatísticas. O número
cresceu 58,5% desde agosto de 2007, antes do início da recessão.
Em números proporcionais, Washington DC [a capital dos
Estados Unidos] tem o maior número de residentes recebendo food stamps:
mais de um quinto, 21,1%, coletaram assistência
em agosto. Washington foi seguida pelo Mississipi, onde 20,1% dos
moradores receberam food stamps, e pelo Tennessee, onde 20% dos
residentes buscaram ajuda do programa de nutrição.
Idaho teve o maior aumento no número de recipientes no ano passado. O
número de pessoas que receberam food stamps no estado subiu 38,8%, mas o
número absoluto ainda é pequeno. Apenas 211.883 residentes de Idaho
coletaram os cupons em agosto.
O benefício nacional médio por pessoa foi de 133 dólares e 90 centavos em agosto. Por domicílio, foi de 287 dólares e 82 centavos.
Os cupons se tornaram um refúgio para os trabalhadores que
perderam emprego, particularmente entre os estadunidenses que já
exauriram os benefícios
do seguro-desemprego. Filas nos supermercados à meia-noite do primeiro
dia do mês demonstram que, em muitos casos, o benefício não está
cobrindo a necessidade das famílias e elas correm antes da chegada do
próximo cheque.
Mesmo durante as férias de verão as crianças retornaram às escolas
para tirar proveito da merenda, onde ela estava disponível. Cerca de 195
milhões de almoços foram servidos em agosto e 58,9% deles foram de
graça. Outros 8,4% foram a preço reduzido. Este número vai aumentar
quando os dados do outono forem divulgados já que as crianças estarão de
volta às escolas. Em setembro passado, por exemplo, mais de 590 milhões
de almoços foram servidos, quase 64% de graça ou com preço reduzido.
Crianças cujas famílias tem renda igual ou até 130% acima da linha da
pobreza — 28 mil e 665 dólares por ano para uma família de quatro
pessoas — podem ter acesso a almoços gratuitos. As famílias que tem
renda entre 130% a 185% acima da linha da pobreza — 40 mil e 793 dólares
para uma família de quatro — podem receber refeições a preço reduzido,
não mais que 40 centavos de dólar de desconto.
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