O
prefeito da cidade de São Gonçalo dos Campos, Antônio Dessa (PSD),
afirmou ao Bocão News que não tem nenhuma dúvida sobre a “paternidade”
do Centro de Distribuição da empresa Boticário para seu município. Nos
últimos tempos, a localização exata e a sede do empreendimento têm sido
foco de questionamentos e briga entre São Gonçalo e a Vizinha Feira de
Santana.
Dessa,
que é conhecido como Furão, crava que há uma série de provas
documentais que atestam que o centro pertence a São Gonçalo e que a
prefeitura de Feira de Santana jamais conseguiria comprovações
equivalentes. Por isto mesmo, há cerca de 2 meses a administração
feirense enviou uma cobrança ao Boticário relativa a taxas de
licenciamentos e a empresa declarou que não o faria por estar sediada em
São Gonçalo.
“A
escritura do terreno é de São Gonçalo. O registro fundiário do Incra
foi feito em São Gonçalo. As fazendas vizinhas também são. O Governo do
Estado concedeu incentivos com registro em São Gonçalo. O BNDES liberou
um empréstimo de R$ 100 milhões para a construção do projeto com
endereço de São Gonçalo. A licença ambiental é de São Gonçalo. São
dezenas de documentos que prova. Feira de Santana não tem um sequer”,
disparou.
Furão,
porém, admitiu que de fato Feira e São Gonçalo frequentemente confundem
seus limites territoriais. Em alguns bairros da Princesa do Sertão,
metade pertence a um município e metade a outro. Por conta disto há a
celeuma. “Dizem em Feira que têm um mapa de 2006 e que, nesse mapa, o
local do centro pertence a Feira. Nós temos um outro dos anos 50. Mas,
enfim, toda a documentação da obra está em São Gonçalo e isto é
absoluto”.
As
especulações atuais, de acordo com o gestor, tiveram início há pouco
menos de dois meses, quando o secretário municipal de Desenvolvimento
Urbano de Feira, José Pinheiro, declarou que o centro pertencia à
cidade. Entretanto, reconhece que, institucionalmente, a prefeitura não
tem feito nenhuma investida – além da feita na cobrança de taxas – para
tentar “absorver” a obra. Além disto, assegurou também que o Governo do
Estado se mantém neutro na questão e que Jaques Wagner não se meteu na
polêmica.
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