Foto:Max Haack / Bahia Notícias
A
julgar pelas declarações do presidente nacional do DEM, senador
Agripino Maia (RN), o prefeito de Salvador, ACM Neto, está mesmo
fortalecido nas hostes do partido e será dele a decisão sobre os rumos
que a legenda deverá tomar na disputa pela sucessão estadual em 2014. Em
entrevista ao jornalista Samuel Celestino, no programa Bahia Notícias
no Ar, da Rede Tudo FM 102,5 , o parlamentar classificou Neto como “um
dos melhores quadros” do Democratas, e deixou claro que, se o prefeito
decidir se candidatar ao governo, terá integral apoio da sigla. Caso
contrário, o DEM buscará “alternativas”, mas somente se Neto “julgar
conveniente”. “O importante é que as alianças que nós mantivemos e
mantemos na Bahia, permaneçam” porque “nós temos uma história para
colocar à disposição do povo da Bahia, independentemente de Neto ser ou
não ser candidato”, aposta. Maia reitera que o gestor pretende exercer
até o fim seu mandato à frente da prefeitura, mas ressalta que ACM Neto
“tem consciência de que a oportunidade se apresenta para ele e ele teria
grandes chances de se eleger governador, mas isso tem consequências”.
Questionado sobre a possibilidade da realização de uma reforma política
“profunda” com efeitos na eleição do próximo ano, o democrata foi
direto. “Para a eleição de 2014, não haverá tempo, se houvesse, daria
tempo para o plebiscito, que foi uma proposta marota que a presidente
[Dilma Rousseff] fez”, disse. Como de praxe, uma vez citado o nome da
mandatária, Agripino Maia aproveitou para tecer outras críticas à
governante. Ao defender que o Congresso tem respondido à onda de
protestos que se espalhou pelo Brasil no último mês – “nos últimos dias
votamos 15 matérias muito importantes” –, o líder oposicionista
desqualificou as iniciativas do governo federal. “O que a presidente
fez? Ela mandou uma carta para o Congresso, com os cinco pontos, e ficou
na carta; fez uma reunião com prefeitos e governadores, que morreu na
reunião. Não tomou nenhuma atitude concreta que respondesse aos reclames
das ruas”, opinou, ao dizer que “é por isso que a rua continua
inquieta”. Ainda sobre o que ele considera uma resposta do Congresso aos
protestos, Maia comentou a aprovação da Proposta de Eenda à
Constituição (PEC) que acabou com a figura do segundo suplente de
parlamentar e proibiu parentes na mesma chapa. Segundo ele, o Senado
aprovou “o texto possível” porque "faltou voto" para aprovar a outra
PEC, cujo conteúdo ele julgava ser melhor. “A tese que nós queríamos é
que o suplente fosse uma pessoa transitória: ele assumiria, mas não
sucederia”, suscitou, ao explicar que “tendo em vista que de dois em
dois anos tem eleição", o suplente ficaria no cargo até que uma eleição
repusesse o senador que deixou o mandato.
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