Editor-Chefe |
Solenidade da transferência e instalação do governo
estadual na Cidade Heroica e Monumento Nacional, a cada 25 de junho, perde
expressão
Por força de imperativo legal, a capital do
estado da Bahia, a cada 25 de Junho, deve ser transferida de Salvador para a
cidade da Cachoeira, com pompas cerimoniais que correspondam ao significado e
objetivos da Lei que a estabeleceu.
No primeiro ano, em 2009, o governador
Jaques Wagner cumpriu o cerimonial de instalação da capital da Bahia em
Cachoeira, com sucessivas solenidades. Inicialmente, às 8h da manhã, na Praça
da Aclamação, um pelotão especial da Polícia Militar, vindo de Salvador,
posicionou-se para que o chefe do Executivo baiano procedesse ao cerimonial de
passar a Tropa em Revista. Na seqüência, no saguão do prédio da Câmara
Municipal, uniu-se ao prefeito e o presidente do Poder Legislativo, para a
cerimônia de Hasteamento dos Pavilhões Nacional, Estadual e Municipal.
Cumpridas essas solenidades, o governador, acompanhado de seus secretários,
executivos do alto escalão da administração do estado, prefeito e autoridades
municipais, todos se dirigiram à Igreja Matriz a fim de assistirem ao
tradicional Te Deum. Dali, incorporados ao governador, as mencionadas
autoridades, prefeitos de municípios da região, líderes da sociedade civil,
deslocaram-se para o Centro de Convenções da Pousada do Convento para a
cerimônia oficial do governo da Bahia na cidade, em instalações confortáveis,
com ar condicionado em todas as premises, em ambiente ricamente decorado por
profissionais de reconhecido renome na área. Ali, após pronunciamentos de
deputados, senadores, lideranças da representatividade civil, o governador
discursou anunciando obras, ações do governo, tanto em Cachoeira quanto nos
municípios que integram o perímetro eclético da região. Sucedendo a esta
solenidade, o governador dirigiu-se ao Salão Executivo, antiga sacristia do
Convento, onde recebeu, em audiência, prefeitos e líderes do segmento civil da
cidade e região. À tarde, o chefe do Executivo baiano participou da Sessão
Magna do 25 de Junho na Câmara Municipal, em cuja solenidade também discursou.
Foi assim, no primeiro ano.
Lamentavelmente, nos anos seguintes, as
solenidades de transferência da capital
e instalação do governo do estado em Cachoeira, vêm perdendo foro de expressão.
Em 2011, o governador sequer veio à Cachoeira, optou por estar em outro evento
fora da Bahia. Mandou representante. Em 2012, veio mas sequer participou da
solenidade de Hasteamento das bandeiras, no saguão da Câmara Municipal. Chegou
mais tarde e mais tarde retornou à capital, optando por não participar da
Sessão Magna no mesmo Paço, às 14h.
Este ano, 2013, sua Excelência veio
apenas para a solenidade de Hasteamento das Bandeiras, gesto cívico que os
vereadores e o chefe do Executivo municipal, estão habituados a repetir há
anos, em sucessivas gerações, desde quando
sequer pensava-se em Cachoeira ser a capital do estado da Bahia, em sua Data
Magna. Em seguida, o governador retornou para Salvador, deixando o seu
secretário da Cultura para representá-lo na sessão solene da Câmara Municipal.
Não houve a instalação do governo nem a
transferência da capital para Cachoeira, conforme instrui a Lei 10.695/07,
aprovada pela Assembléia Legislativa e sancionada pelo próprio governador
Jaques Wagner. O jovem prefeito Carlos Pereira, naturalmente, esperava no
primeiro ano de sua gestão, uma festa em nível do que deseja de melhor para sua
cidade, mas semelhante a tantos outros cachoeiranos lamentou a saída apressada
do ilustre governador, nos seguintes termos: “Este ano, a gente estava
aguardando o anúncio de obras para a região, mas ele chegou e saiu sem anunciar
nada”.
Esse é o que acontece quando não se tem representante da terra no Parlamento Estadual e ou Federal, que represente com dignidade e probidade a nossa Heroica e Monumento Nacional Cidade da Cachoeira. Note bem que em véspera de eleições, o governo e seus apaniguados estarão todos em nossa Cachoeira, especialmente, em nosso brioso 25 de JUNHO. Parabéns ao Jornal O Guarany pela matéria bem oportuna.
ResponderExcluirCarlos Gomes