O que é o fogo simbólico
O Fogo Simbólico significa a união dos povos que lutaram pela
independência da Bahia. Percorre as cidades do Recôncavo baiano onde
ocorreram as batalhas pela independência, até a chegada das tropas
nacionais a Salvador, no ano de 1823. A tocha é conduzida por atletas
dos municípios por onde passa e militares do Exército
brasileiro. Ela sai da cidade de
Cachoeira e passa pelos municípios de Saubara, Santo Amaro da
Purificação, São Francisco do Conde, Candeias, Simões Filho e chegará ao bairro de Pirajá, em Salvador.
História:
A Batalha de Pirajá é considerada um dos principais choques bélicos
da guerra pela Independência da Bahia, sendo travada na área de
Cabrito-Campinas-Pirajá. A principal batalha pela independência, em que
os baianos venceram as forças do colonialismo português, em 1823, foi no
Panteão (Pantheon) de Pirajá, situado no Largo de Pirajá. No dia 1º de
julho, o local recebe o Fogo Simbólico vindo do Recôncavo, representando
as vilas revolucionárias instaladas na região. Na principal praça do
Bairro, General Labatut, está com seus restos mortais no panteão do
local, em homenagem a Pierre Labatut o General Francês combatente da
Batalha de Pirajá.
O bairro é um dos mais antigos de Salvador, surgiu a partir de
engenhos de açúcar e das primeiras missões jesuíticas que aportaram na
Bahia no período da colonização, como constata o professor Luís Henrique
Dias Tavares: “Na Ribeira de Pirajá os jesuítas estabeleceram nos
primeiros anos de colonização a aldeia de São João de Plataforma, dando
início às primeiras experiências de catequese. Alí surgiram os primeiros
engenhos de açucar, como o de El-Rei ou Pirajá. No engenho São João,
pertencente à Companhia de Jesus, onde o Padre Antonio Vieira pregou o
seu primeiro sermão, em 1633. Pelas colinas de Pirajá corria a mais
antiga via de penetração para o interior do país, a Estrada das Boiadas.
A enseada do Cabrito oferecia, por outro lado, o único abrigo
verdadeiramente seguro para as naus, nas vizinhanças da cidade.”
Localização:
O bairro de Pirajá fica localizado nas margens da BR-324 e do subúrbio ferroviário de Salvador. Seu acesso pode ser feito pela BR-324 (pelo Norte e Leste), Estrada do
DERBA (pelo Norte), Estrada Velha de Campinas e (pelo Sul) e Ligação
Pirajá-Suburbana (pelo Oeste).
Apesar de ser um bairro próximo da localidade, Pirajá tem
pouquíssimas ligações, vias e transporte para a Região do Subúrbio
Ferroviário, bairro vizinhos separados pela Represa do Cobre como Rio
Sena, Alto da Terezinha e Ilha Amarela.
Bairro histórico - por ter sido palco de episódios ligados à
Independência da Bahia- concentra garagens de empresas de ônibus,
galpões atacadistas, várias lojas de autopeças, uma estação de ônibus
(Estação Pirajá), um Portoseco, conjuntos habitacionais, a Represa do
Cobre e o Parque Metropolitano de São Bartolomeu - local sagrado para as
práticas do candomblé. Também abriga a sede do "Cortejo Afro",
agremiação voltada à cultura negra e cantada por Daniela Mercury (na
música "Preta").
Festa de Labatut:
A Festa de Labatut ou de São Bartolomeu
existe desde 1853, criada quatro anos após a morte do general Pedro (Pierre em
Francês) Labatut. Nessa época, iniciou-se uma romaria ao túmulo do general, que
até hoje é reverenciado como o principal personagem da independência da Bahia.
A festa de Labatut inicia-se uma semana depois da maior festa do 2 de Julho, os
moradores de Pirajá e bairros vizinhos, se reúnem e fazem a sua festa
particular que dura três dias.
Curiosidade:
Origem do nome da rua de maior movimento de comércio de Pirajá, 8 de novembro.
A batalha começou na madrugada do dia 8 de novembro de 1822, quando 250 soldados portugueses que desembarcaram em Itacaranha atacando a área do Engenho do Cabrito, enquanto um outro grupo avançava por terra até Pirajá. A batalha durou 8 horas com um total de 4.000 homens e revelando-se na mais alta demonstração de resistência brasileira ao longo da luta pela independência.
A vitória desta batalha guarda uma dúvida até hoje não esclarecida, pois atribui a uma falha do “Corneteiro Lopes” que não se sabe se intencionalmente ou não trocou o toque da corneta. A versão deve-se a Ladislau dos Santos Titara, encarregado de registrar em livros toda a correspondência do General Labatut, onde ele consta que o cabo-corneta Luís Lopes salvou o exército brasileiro com o toque de “avançar a cavallaria, e sucessivamente à degola”, ao contrário do toque de retirada que lhe havia sido ordenado pelo tenente-coronel Barros Falcão. "Mas há quem diga que o corneteiro Lopes e sua façanha não passe de balela. Um deles é o historiador Ubiratan Castro. Segundo acredita, o corneteiro Lopes não passa de uma lenda inventada pelos portugueses. Estaria mais próxima de um deboche: brasileiro só ganhou a campanha porque errou o toque da corneta. A essa ideia, soma-se o preparo do exército português, acostumado às campanhas napoleônicas. Sendo assim, ficaria difícil acreditar que um simples toque de corneta levassem os lusos a fugir. Bem, verdade ou mentira, a figura do corneteiro Lopes está incorporada à história da Independência da Bahia. É assim que se criam os mitos".
A batalha começou na madrugada do dia 8 de novembro de 1822, quando 250 soldados portugueses que desembarcaram em Itacaranha atacando a área do Engenho do Cabrito, enquanto um outro grupo avançava por terra até Pirajá. A batalha durou 8 horas com um total de 4.000 homens e revelando-se na mais alta demonstração de resistência brasileira ao longo da luta pela independência.
A vitória desta batalha guarda uma dúvida até hoje não esclarecida, pois atribui a uma falha do “Corneteiro Lopes” que não se sabe se intencionalmente ou não trocou o toque da corneta. A versão deve-se a Ladislau dos Santos Titara, encarregado de registrar em livros toda a correspondência do General Labatut, onde ele consta que o cabo-corneta Luís Lopes salvou o exército brasileiro com o toque de “avançar a cavallaria, e sucessivamente à degola”, ao contrário do toque de retirada que lhe havia sido ordenado pelo tenente-coronel Barros Falcão. "Mas há quem diga que o corneteiro Lopes e sua façanha não passe de balela. Um deles é o historiador Ubiratan Castro. Segundo acredita, o corneteiro Lopes não passa de uma lenda inventada pelos portugueses. Estaria mais próxima de um deboche: brasileiro só ganhou a campanha porque errou o toque da corneta. A essa ideia, soma-se o preparo do exército português, acostumado às campanhas napoleônicas. Sendo assim, ficaria difícil acreditar que um simples toque de corneta levassem os lusos a fugir. Bem, verdade ou mentira, a figura do corneteiro Lopes está incorporada à história da Independência da Bahia. É assim que se criam os mitos".
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