segunda-feira, 27 de maio de 2013

Pastor celebra casamento gay de seu filho e se defende: “Quando a lei está errada, você a infringe” 

Thomas W Ogletree casamento gay Pastor celebra casamento gay de seu filho e se defende: “Quando a lei está errada, você a infringe”
O reverendo Thomas W. Ogletree, realizou a cerimônia de casamento gay de seu filho

Um pastor que quebrou a regra estipulada pela convenção da Igreja Metodista Unida (IMU) e realizou uma cerimônia de casamento gay enfrentará um processo eclesiástico por sua atitude.

O reverendo Thomas W. Ogletree, de 79 anos, realizou a cerimônia de casamento de seu filho, Thomas Jr. com Nicholas W. Haddad em outubro de 2012, e afirmou que sua atitude foi uma forma de expressar o que pensa a respeito das regras da IMU.

“Às vezes, quando a lei oficial está errada, você tenta mudá-la. Mas se você não consegue mudá-la, você a infringe. Eu não pensei nisso como um ato de desobediência civil ou desobediência à igreja. Eu pensei nisso como uma resposta ao meu filho”, afirmou o pastor em entrevista ao The New York Times.

Ogletree é pastor e professor na Universidade de Yale, e durante um encontro promovido pela instituição, ouviu críticas do reverendo Randall C. Paige: “Essa cerimônia foi uma ofensa”, afirmou. Paige e Ogletree são apontados pela imprensa como desafetos, e de acordo com as informações do NYT, o reverendo Paige exigiu que Ogletree se desculpasse e se comprometesse a não voltar a celebrar uma cerimônia de casamento entre duas pessoas do mesmo sexo.

Entretanto, Ogletree rebateu Paige dizendo que Jesus infringiu uma lei ao expulsar os vendilhões do Templo, e questionou: “Então você quer dizer que nunca se deve infringir nenhuma lei, não importa o quanto seja injusta?”.

A IMU é a terceira maior denominação protestante dos Estados Unidos e possui 45 mil pastores, sendo que 1.100 fazem parte de um grupo chamado New Directions, que entre outras coisas, defende o casamento gay. Desde 1972 a IMU conta em seu livro de regras com uma proibição ao casamento homossexual, por considerá-lo “incompatível com a doutrina cristã”. Porém, a denominação classifica homossexuais como “pessoas de valor sagrado”, e por isso os aceita em sua membresia.

 

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