Morre Saulo Ramos, ex-ministro da Justiça do governo Sarney
O enterro vai ser nesta segunda-feira, 29, em Brodowski (interior de São Paulo)
SÃO PAULO- O ex-ministro da Justiça Saulo Ramos morreu
neste domingo, 28, aos 83 anos, em Ribeirão Preto (SP). Ramos, que era
jurista e escritor, fez parte do ministério do governo de José Sarney,
entre os anos 1989 e 1990. Ele também trabalhou com o ex-presidente
Jânio Quadros.
O ex-ministro morreu em casa, por volta das 18h30, após ficar
hospitalizado por meses. Ele tinha problemas cardíacos e fazia
hemodiálise regularmente. O enterro será às 14h desta segunda-feira, em
Brodowski, no interior de São Paulo, sua cidade natal.
A assessoria de Sarney disse que o senador ficou muito abalado com a
notícia e que ele vai comparecer ao sepultamento. Sarney lamentou a
morte do ex-ministro, a quem disse considerar “mais do que um irmão”.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, divulgou na noite deste
domingo uma nota de pesar, na qual classifica Ramos como um “jurista
exemplar”. "É com tristeza que recebemos a notícia do falecimento do
ex-ministro da Justiça José Saulo Pereira Ramos. Jurista refinado e
exemplar, teve participação fundamental no processo de restauração da
democracia e do estado de direito no país. Nossos sentimentos e orações à
família", diz o texto.
Trajetória. Além dos cargos políticos, Ramos se
destacou pela sua atuação como advogado. Em 1992, foi contratado pelo
Senado Federal para conduzir a ação que decidiu pela cassação dos
direitos políticos do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que acabou
renunciando antes de sofrer o impeachment. Em 2007, o
ex-ministro lançou o livro O Código da Vida, espécie de
coletânea de memórias, onde conta sua trajetória de vida e fatos que
marcaram a história do País, entre os quais a renúncia de Jânio Quadros.
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