quinta-feira, 4 de abril de 2013

Borges, nos Transportes, seria uma espécie de ‘rainha da Inglaterra’, diz colunista

Dilma, ao lado do antigo braço direito do carlismo na Bahia e hoje ministro dos Transportes, Cesar Borges
Dilma, ao lado do antigo braço direito do carlismo 
na Bahia e hoje ministro dos Transportes, Cesar Borges

A presidenta Dilma Rousseff, depois de aparecer em uma foto impensável nos Anos de Chumbo, ao lado do agora ministro dos Transportes, César Borges, então braço direito do ex-senador Antonio Carlos Magalhães, disse que o mais novo auxiliar traz ao governo sua experiência como administrador e homem público e consolida a participação do Partido da República (PR) na coalizão do governo. Ex-governador da Bahia, Borges deixou o cargo de vice-presidente de Governo do Banco do Brasil para assumir a pasta.
– César Borges consolida a participação do Partido da República na nossa coalizão de governo, o que, para nós, é muito importante, e o faz de forma extremamente qualificada. O PR é um partido que está conosco desde o dia em que o grande brasileiro José Alencar concorreu à vice-presidência da República em dobradinha com o ex-presidente Lula, o que nos levou à vitória nas três eleições que se seguiram – afirmou Dilma durante discurso no Palácio do Planalto.
Segundo a presidenta, Borges terá, a partir de agora, a “desafiadora missão” de “transformar o Brasil em um país moderno e eficiente, mais competitivo, cada vez mais justo e desenvolvido”. Ela falou dos desafios na manutenção e duplicação de rodovias e da ampliação da malha ferroviária do país. Dilma disse que o Brasil nunca teve um “surto ferroviário”, a exemplo de países como os Estados Unidos, a Inglaterra e a Índia, que tiveram seu desenvolvimento baseado na expansão de ferrovias. “Um país que tem uma vocação para produzir minério, para produzir, consumir e exportar grãos, é um país que precisa de uma estrutura ferroviária que corte de Norte a Sul, de Leste a Oeste.”
A presidenta também agradeceu o trabalho de Paulo Sérgio Passos, que comandava o Ministério dos Transportes desde a saída de Alfredo Nascimento (PR) em 2011. Ela encaminhará ainda hoje ao Senado a indicação do nome de Passos para ocupar a diretoria-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). “Quero agradecer a Paulo Sérgio Passos, a sua dedicação, sua competência e sua seriedade”, disse.
 
Rainha da Inglaterra
Logo após a posse do ex-governador e ex-senador baiano no cargo de ministro dos Transportes, o chamado fogo amigo entrou em ação. Informações possivelmente vazadas de seu partido, o PR, e publicadas na coluna do jornalista Cláudio Humberto revelam que Borges será o ministro de fato, mas quem terá a palavra final será a ministra Miriam Belchior, do Planejamento. Na coluna de Humberto consta que Borges “será pouco mais do que a rainha da Inglaterra”. A presidente Dilma Rousseff o teria nomeado apenas para constar que a pasta é do PR, na tentativa de acalmar o partido para garantir seu retorno à base com vista às eleições de 2014. Abaixo as duas notas da coluna.
O verdadeiro ministro de Transportes seria mesmo Mirian Belchior, ministra do Planejamento e gestora do PAC, quem despacha com o diretor-geral do DNIT, general Jorge Ernesto Pinto Fraxe, e determina as obras no setor dos Transportes, que andam devagar. Dilma teria concordado em devolver o Ministério dos Transportes ao PR “sob a condição de manter a chave do cofre com a ministra Mirian Belchior”, afirma o colunista.
 
Fonte: Correio do Brasil

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