segunda-feira, 25 de março de 2013


Rebeldes tomam capital da República Centro-Africana

Por Redação, com Reuters - de Bangui

Rebeldes na República Centro-Africana assumiram neste domingo o controle da capital Bangui
Rebeldes na República Centro-Africana assumiram 
neste domingo o controle da capital Bangui

Rebeldes na República Centro-Africana assumiram neste domingo o controle da capital Bangui, forçando o presidente François Bozizé a fugir para a vizinha República Democrática do Congo (RDC), informaram autoridades do governo.
Pelo menos seis soldados sul-africanos foram mortos em confrontos com os rebeldes, segundo uma testemunha ouvida pela agência inglesa de notícias Reuters. Uma fonte da Organização das Nações Unidas disse que a unidade militar sul-africana, que estava no país para treinar o Exército, com centenas de soldados de uma força regional, estava se preparando para deixar o país.
A coalizão rebelde Seleka retomou os ataques nesta semana na uma ex-colônia francesa rica em minérios, prometendo depor Bozizé, a quem acusa de ter rompido um acordo de paz firmado em janeiro que estipulava a integração dos combatentes ao Exército.
A República Centro-Africana é uma nação sem saída para o mar, tem fronteiras extensas e desprotegidas e há mais de uma década enfrenta rebeliões no meio rural. O avanço rebelde é mais um fator de instabilidade no centro da África.
Enquanto a coalizão de grupos insurgentes, incluindo alguns que antes eram rivais, consolidava seu poder em Bangui, não estava claro quem iria substituir Bozizé ou se o governo compartilhado do primeiro-ministro Nicolas Tiangaye permaneceria em suas funções.
- Os rebeldes controlam a cidade – disse o porta-voz da Presidência, Gaston Mackouzangba. “Espero que não haja represálias.”
O porta-voz do governo, Crepin Mboli-Goumba, afirmou que a Seleka controlava todas as áreas estratégicas da cidade.
Um conselheiro da Presidência, que pediu para não ter seu nome divulgado, informou que Bozizé havia cruzado o rio Oubangi para o Congo na manhã deste domingo, enquanto os insurgentes se dirigiam ao palácio presidencial. Bozizé havia assumido o poder por meio de um golpe militar, em 2003.
Segundo um oficial da ONU no Congo, o governo congolês pediu que a agência da ONU para refugiados ajude a remover 25 membros da família de Bozizé da cidade fronteiriça de Zongo, neste domingo.
O ministro da Informação do Congo, Lambert Mendé, declarou à Reuters que Bozizé não estava no grupo que chegou a Zongo. “O palácio acabou de cair. Nós tomamos o palácio”, afirmou o porta-voz da Seleka, Eric Massi, à Reuters por telefone, de Paris.

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