Brasília -
O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), autor do projeto de lei
contrário à obrigatoriedade do Exame de Ordem, agora defende a criação
de um estágio obrigatório supervisionado, uma espécie de residência em
advocacia.
Os líderes do Movimento em Defesa do Fim do Exame da OAB, Itacir Flores
do Movimento Nacional dos Bacharéis em Direito (MNBD) e Gisa Moura da
União Nacional dos Bacharéis em Ação, encaminharam à nossa redação/site
Justiça em Foco, uma nota apoiando residência em advocacia defendida
por Eduardo Cunha.
Confira:
"Movimento
Nacional dos Bacharéis em Direito e o Movimento Bacharéis em Ação
apóiam o novo projeto de lei do deputado federal Eduardo Cunha –
PMDB/RJ, que troca o Exame de ordem por Estágio obrigatório e
supervisionado pelo MEC e OAB
Que
o exame de ordem da OAB é uma inconstitucionalidade, não se discute
mais, pois estampado esta na Constituição Federal, somente o sistema
judiciário brasileiro não quer enxergar, porque usa das benesses da OAB
para manter os laços familiares dentro do sistema jurídico com a
indicação do quinto constitucional e troca-troca de cargos entre
familiares nos poderes da pobre republica. Isso se chama nepotismo
cruzado.
Mas o Brasil clama por uma posição
urgente sobre o exame de ordem, ou ele é para todos ou não é para
nenhuma profissão de curso superior.
Em
2006 o senador Gilvan Borges, propôs a PLS 186/06, que extinguia o
exame de ordem, depois disso diversos projetos foram apresentados
tentando ajustar o exame existente ao momento atual.
Em
2011 o deputado federal Eduardo Cunha do PMDB/RJ, propôs o projeto de
lei 2154, que puramente extingue o exame de ordem devido sua escancarada
inconstitucionalidade, mas o sistema dominante esperneia a todo o vapor
para que este projeto não siga seu tramite natural, pois pode atingir
em cheio a poderosa entidade privada OAB, quer no seu orgulho
institucional como no seu cofre.
Hoje
a notícia que corre nos meios de comunicações e na internet dá conta
que o nobre deputado federal Eduardo Cunha está propondo trocar a prova
da OAB por um estágio obrigatório e supervisionado pelo MEC e pela OAB.
Esta posição do deputado autor do projeto é uma forma a mais de resolver
a situação emblemática que hoje estão os bacharéis em direito do
Brasil, que mesmo com curso superior concluído não são nada no sistema
profissional brasileiro.
Depois
de tomarmos conhecimento deste novo desfecho, ou seja, a proposta do
deputado federal Eduardo Cunha, entendemos que é a forma mais branda
para se negociar a solução final deste imbróglio que já persiste por
mais de uma década e assola milhares de pessoas. A solução deve ser
tratada urgentemente para que não se consuma mais um ano na vida
daqueles que lutaram para ser um profissional liberal.
Queremos em nome do Movimento Nacional dos Bacharéis em Direito e o Movimento Bacharéis em Ação,
apoiar mais esta iniciativa do deputado Eduardo Cunha, pois entendemos
ser uma solução plausível até que uma nova lei regule o ensino superior
brasileiro como um todo e não especificamente os Bacharéis em Direito
que hoje e estão jogados ao limbo da sociedade por um exame aplicado por
uma entidade privada coordenada por um conselho que privatiza a
advocacia brasileira para pouco mais de 10% dos aprovados no dito Exame
de Ordem da OAB.
Brasília, 27 de fevereiro de 2013.
Itacir Flores
Movimento Nacional dos Bacharéis em Direito (MNBD)
Gisa Moura
União Nacional dos Bacharéis em Ação".
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