Dia do Fico: Pastor Marco Feliciano permanece na Presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara
Na
tarde de terça feira (26), a liderança do PSC decidiu que irá manter
a indicação de Marco Feliciano à presidência da Comissão de Direitos
Humanos e Minorias da Câmara. O pastor Everaldo Pereira, vice-presidente
do PSC, anunciou a decisão após uma reunião de deputados do PSC com a
executiva nacional do partido sobre o tema.
- Informamos aos senhores e senhoras que o PSC não abre mão da
indicação feita pelo partido. Feliciano é um deputado ficha limpa, tendo
então todas as prerrogativas de estar na Comissão de Direitos Humanos e
Minorias – anunciou Pereira, ao declarar o apoio do partido à
permanência do deputado no cargo.
Pereira leu uma nota de três páginas na qual o PSC relata o seu
histórico de alianças com o PT, desde 1989 até a eleição da presidente
Dilma Rousseff.
- Mesmo diante das declarações de que ela não sabia se acreditava em
Deus e que não era contra o aborto, o PSC apoiou a presidente Dilma, sem
discriminá-la por pensar diferente de nós – ressaltou, sobre o apoio à
candidatura da presidente.
Na nota, o partido afirma também que entende que o deputado não é
“nem racista nem homofóbico”, e fez questão de destacar que respeita os
outros partidos e exige respeito em seus posicionamentos e decisões.
- Nós do PSC entendemos que ele não é racista e nem homofóbico. Pode
até ter havido declarações inconvenientes, mas o deputado Feliciano já
se desculpou pelas afirmações e qualquer um pode deslizar nas palavras –
disse o vice-presidente do partido ao ler a nota.
- Respeitosamente, quero pedir que as lideranças dos partidos nesta
Casa respeitem a indicação do PSC e peçam a seus militantes que
protestem de maneira respeitosa. Não fazemos ameaças, mas se fosse
preciso convocar 100, 200, 300, 500 ou mais militantes que pensam como
nós, também convocaríamos, mas o PSC é pela paz e harmonia. Queremos o
entendimento – completou Pereira.
Depois da leitura da nota, Everaldo afirmou que não responderia a
perguntas. Feliciano deixou a reunião, sem falar com a imprensa. Ao
chegar para a reunião, questionado se era o “dia do fico” respondeu
apenas: “é só olhar para o meu rosto”. Na saída, mesmo com o respaldo do
partido, saiu escoltado por seguranças e por pastores que se
manifestaram de forma favorável a ele.
De acordo com o jornal O Globo, parlamentares contrários à
permanência do pastor na presidência da comissão já estão articulando
formas alternativas de retirá-lo do cargo. De acordo com a publicação, a
estratégia dos opositores de Feliciano o esvaziamento da comissão,
retirando membros de outros partidos, de forma a enfraquecê-la.
André Moura, líder do partido na Câmara, e que chegou a cogitar a
troca de Feliciano, afirmou que a decisão foi conduzida pela executiva
do partido e tomada em comum acordo com a bancada. Ele afirmou que agora
irá comunicar a decisão ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves
(PMDB-RN).
Por Dan Martins, para o Gospel+
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