Eleições OAB-BA: 9 mil advogados não estiveram aptos a votar no pleito
Fotos: Max Haack / Agência Haack / Bahia Notícias |
Cerca de 9 mil advogados foram declarados não aptos a votar nas
eleições da seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA),
nesta quinta-feira (22). O pleito sagrou Luiz Viana Queiroz como o novo presidente da entidade. De
acordo com o presidente da Comissão Eleitoral da Ordem, Ademir Ismerim,
a OAB-BA, atualmente, tem 28.897 inscritos, mas somente 19.085
causídicos se demonstraram aptos a votar por estar com as suas
inscrições na OAB em dia. Em Salvador, dos 19.927 advogados inscritos,
puderam votar 13.540. No interior, a Ordem tem 8.970 cadastrados e,
desses, foram declarados aptos a participar da eleição 5.545. O voto dos
advogados nas eleições da OAB é obrigatório e os advogados que não
puderam votar têm 30 dias para justificar a ausência, que será analisada
pela Comissão Eleitoral. Aqueles que deixam de comparecer ao pleito, ou
que a comissão não aceitar a justificativa, estão sujeitos a uma multa
de 20% do valor da anuidade.
Ismerim também avaliou para o Bahia Notícias a corrida para a
presidência da Seccional da OAB na Bahia. Para ele, a campanha teve
alguns “contratempos, em função do acirramento entre as chapas”, mas
que, do ponto de vista institucional, "tudo correu bem", e que todos os
problemas foram resolvidos a tempo do pleito. “Nós chegamos na data da
eleição com todas as chapas deferidas, tanto na capital quanto no
interior. As irregularidades que apareceram no universo delas foram
resolvidas. A gente [a comissão] passou algumas dificuldades na análise
dos processos, de representação de propaganda irregular, divulgação de
pesquisas, e a gente considera que demos bons resultados [aos
processos]”. Segundo Ismerim, todas as questões que apareceram nesta
quinta, como fiscalização e defeitos de urnas, foram solucionadas
rapidamente. Sobre a logística e infraestrutura da votação, o presidente
da comissão afirmou que, em Salvador, cerca de 150 pessoas trabalharam
no pleito como mesários, apuradores e colaboradores. No interior, as
eleições também, segundo ele, correram de forma tranquila, e com
problemas irrisórios, como em lista de votantes, e que foram resolvidas
em tempo hábil. O advogado eleitoral ainda explicou o processo de
apuração dos votos para a presidência da entidade. No interior, primeiro
se apura os votos da seccional e remete-se o resultado à comissão
eleitoral. Depois são apurados os votos da subseção. Em Salvador, as 27
meses receptoras de votos, ao fim das eleições, se tornarão mesas
apuradoras.
Fotos: Max Haack / Agência Haack / Bahia Notícias |
O
ex-presidente da seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB-BA), Dinailton Oliveira – que apoiou a chapa Mais OAB, presidida
por Luiz Viana Queiroz, vencedora das eleições da entidade para o
triênio 2013-2015 –, defendeu a sua gestão e comemorou a vitória contra a
chapa Ação e Ética, apoiada pelo atual presidente Saul Quadros. O apoio
de Dinailton a Viana foi alvo de críticas dos adversários, porque o
ex-presidente teve suas contas rejeitadas da gestão 2004-2006 pelo
Conselho Federal da Ordem. “Nessa campanha sofri ataques pessoais
baixos, vindos de pessoas que falam em ética mas não aplicam isso a seu
caminho. A advocacia soube dar resposta nas urnas”, declarou, em
entrevista ao Bahia Notícias. Segundo ele, o “agora já ex-presidente”
Saul fez uma administração “voltada para interesses pessoais”. “A
reprovação das minhas contas, apesar de a controladoria ter feito uma
auditoria que teve resultado elogioso, foi uma manobra do ex-presidente
que, para tentar se manter no poder, tentou impedir a minha candidatura.
Nossa luta é por princípios e em defesa da advocacia e da sociedade”,
completou. Para a Controladoria, as contas de Dinailton teriam sido
aprovadas com ressalvas.
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