Valério já foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por lavagem de dinheiro, corrupção ativa e desvio de dinheiro.
O empresário Marcos Valério de Souza acusou o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva de ser o chefe do mensalão. Ele disse ainda que o PT usou R$ 350 milhões no esquema de compra de votos de deputados em 2003 e 2004. As afirmações estão na revista "Veja" desta semana.
Valério já foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por lavagem de dinheiro, corrupção ativa e desvio de dinheiro, todos os crimes cometidos como um dos operadores do mensalão. Ele ainda será julgado por evasão de dívidas e formação de quadrilha.
Segundo a revista, a reportagem foi feita a partir de revelações de parentes, amigos e outros associados de Valério.
"Não podem condenar apenas os mequetrefes. Só não sobrou para Lula porque eu, o Delúbio (Soares, ex-tesoureiro do PT) e o Zé (Dirceu, ex-ministro) não falamos", teria dito Valério.
Lula não foi acusado
O ex-presidente Lula não foi acusado pela Procuradoria-Geral da República de participar do esquema. A denúncia da PGE diz que o esquema do mensalão consumiu R$ 136 milhões, número inferior aos R$ 350 milhões apontados por Valério. O registro do dinheiro estaria em um livro guardado por Delúbio Soares.
Segundo a matéria, o empresário não havia comentado o assunto porque fez um acordo com o PT para não revelar detalhes em troca de impunidade. Mas agora, com a condenação, ele estaria desabafando com amigos.
Valério teme ser assassinado. "Vão me matar. Tenho de agradecer por estar vivo até hoje", disse o empresário
Procurado pela Folha Online, o advogado Marcelo Leonardo, que representa Valério, negou que o cliente tenha sido entrevistado pela "Veja", mas não confirmou nem negou as acusações que ele teria feito.
Já o advogado de José Dirceu, apontado por Valério como "um braço que comandava", criticou a matéria. "É no mínimo estranho que, na véspera do início do julgamento do meu cliente e próximo do primeiro turno da eleição municipal, a revista 'Veja' venha com matéria leviana, desprovida de fatos, depoimentos e documentos", disse José Luis de Oliveira Lima.
Fonte: Correio.
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