Os funcionários dos Correios na Bahia decidiram encerrar a greve nesta quinta-feira (27) depois do julgamento do dissídio da categoria no Tribunal Superior do Trabalho (TST), que determinou também que os trabalhadores retomassem suas atividades. Os serviços dos Correios voltam ao normal já a partir dessa sexta-feira (28), segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do Estado da Bahia (Sincotelba).
A decisão de sair da greve oficialmente foi tomada em assembleia na noite de hoje. No Brasil, foram 16 dias de greve da categoria , que manteve durante o período 40% dos funcionários trabalhando, seguindo determinação da Justiça. Na Bahia, os funcionários dos Correios decidiram aderir à paralisação nacional no dia 24 de setembro.
A expectativa em todo país é que as entregas atrasadas fiquem em dia até o domingo.
TST
Os ministros decidiram que os trabalhadores terão um aumento de 6,5% retroativo a agosto. Os Correios tinham proposto reajuste de 5,2%, mas a ministra Kátia Arruda, relatora do processo de dissídio ajuizado pela empresa, aumentou o percentual, para “preservar minimamente o poder aquisitivo dos trabalhadores”.
O presidente do TST, João Oreste Dalazen, ressaltou que os empregados dos Correios têm um dos salários mais baixos entre todas as empresas públicas federais. “Há uma falta de atrativos na carreira que não podemos perpetuar”.
Os ministros decidiram que greve não é abusiva porque foi comunicada com antecedência pelos empregados à empresa. Também foi determinada a formação de uma comissão com representantes da empresa e dos empregados para debater a adaptação do plano de saúde oferecido atualmente às normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Segundo os Correios, cerca de 11,8 mil funcionários aderiram à greve até hoje (27), o que representa 9,8% dos 120 mil funcionários da empresa. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) estima que o percentual de adesão foi entre 40% e 50%.
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