Possibilidade de ataque ao Irã é manchete em jornais de Israel
A
imprensa de Israel dedicou suas capas nesta sexta-feira (10) a um
possível ataque militar de Israel contra instalações nucleares
iranianas, considerando que os principais defensores deste controverso
plano são o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e o ministro da
Defesa, Ehud Barak.
Para o jornal de grande circulação "Yediot
Aharonot", Netanyahu e Barak estão "decididos a atacar o Irã no outono",
inclusive antes das eleições americanas.
"É muito relevante que
estas duas figuras de alto escalão, o primeiro-ministro e o ministro da
Defesa, estejam decididos" a isso, consideraram dois editorialistas do
jornal, Nahum Barnea e Shimon Shiffer.
"Mas também é muito
relevante que nenhuma personalidade da classe dirigente - nem no
exército, nem nos círculos da Defesa, nem sequer o presidente - apoie
atualmente um ataque israelense", acrescentaram.
O "Haaretz" abre
sua edição do fim de semana com declarações de um funcionário de alto
escalão que pediu o anonimato. "Israel tem que se perguntar de maneira
responsável qual seria o sentido de não agir neste momento", considerou o
dirigente.
Por sua vez, o "Maariv" se refere em sua primeira
página a uma pesquisa que indica que 37% dos israelenses entrevistados
pensam que se o Irã tivesse uma arma nuclear poderia provocar um
"segundo Holocausto".
Teerã nega as acusações das potências ocidentais e de Israel e assegura que seu programa nuclear só tem fins civis.
Israel,
a única potência nuclear - embora não reconheça - da região, considera
que sua existência estaria ameaçada se o Irã possuísse uma bomba
atômica.
Na quinta-feira, Barak havia afirmado que "as estimativas
dos americanos sobre a possibilidade de que o Irã possa dispor de uma
bomba atômica (...) se aproximam das nossas". Isso "faz com que a
questão iraniana seja um pouco mais urgente", acrescentou.
Fonte: G1

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