sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Maçom deixou de ser bode, pra ser burro! 

Por Miguel Montte*


Artigo publicado nos principais jornais do Brasil e da França.

Antes que machuque sentimentos de outrem, despertamos o interesse na leitura deste artigo em exórdio acima que reluz o que se passa hoje no meio maçônico brasileiro, em miúdos, ou desenvolve-se ou é engolido pelo vanguardismo. Se outrora o maçom era taxado de bode, uma analogia ao resistente animal, por agüentar dias e mais dias sem água, sem comida e ainda suprir o alimento do trabalhador, agora, maçons, guiados por “grão-mestres” pop star são taxados de burros por andar na contramão do progresso que caminha a sociedade, visto, nesta reflexão, é o que atacamos aqui em tópicos que quiçá enveredam futuramente pelo fechamento de muitas lojas maçônicas.
Mas, antes, passamos pelos desbravadores que legaram luzes aos contemporâneos, comento dois apenas, que incognitamente enraizaram em outras correntes místicas a verdadeira essência da maçonaria, o primeiro, Martinez de Pasqually, um Francês, Maçom, que fundou em 1754 a Ordem dos Cavaleiros Maçons Elus Cohen do Universo, pois acreditava que não só o homem precisava ser justo e perfeito, mas, sim, precisava resgatar a sua essência angelical e divina lhe herdada por Deus, àquela mesma energia que os grandes Avatares conquistaram em vida, tais como Zorobabel, Jesus, Moises, Buda e Adão, para isto, ensinou aos “eleitos” certos rituais cabalísticos que evocavam seres angelicais no intuito de unir semelhante a semelhante, como a lei da atração; para tanto, assim como é em cima é embaixo, já dizia Hermes Trimegistro, o que penso: atraio, é o que ensina os Maçons ELus Cohen ao longo dos últimos 250 anos; outro...
...Elifas Levy, Rosacruz, Martinista e “passeou” pela Ordem Maçônica do Rito Elus Cohen, como se constata através de algumas suas ritualísticas divulgadas no Livro “Dogma e Ritual de Alta Magia”; Eu, mesmo, este Jornalista que vos escreve, tenho a “chave” que “abre” e “fecha” este portal teúrgico, nos legado por Levy; Contudo, patrimônios da humanidade, mas, foram contra as hostes maçônicas retrógadas ainda que fosse à era do iluminismo; fizeram caminho “solo”, pois eram contra ao que se apregoava na maçonaria: Eram a favor de que mulheres entrassem na Ordem, mesmo ciente que as mulheres faziam parte de um numeral denominado de “dois” lhe dando o renome de “confusão”; porquanto, “reintegrada” as leis divinas poderiam sim, se “iluminar”, no mais, a trindade formada da tríplice aliança: “Pai, Filho e Espírito Santo”, só daria o enfoque do numeral três, que para ser perfeito, precisa da força “quaternária”, que segundo a Cabala, “Quatro” exerce a força do próprio Deus aqui na terra, ou seja, unindo o quarteto: Do Pai, e da Mãe, nasce o Espírito Santo, o Filho; como assim ensinou Pitágoras: 1+2+3+4=10; O um unido ao dois que dar três, e adicionado ao três que forma o seis com mais o quatro que dar Dez, o número de Deus: Deus é Dez.
Como se constata, precisou de quatro números para se chegar a Deus; a força quaternária; embora as forças negativas também se revelem através do número quatro para tentar imitar a Deus: O grande Arquiteto dos Mundos; mas isto é uma longa história para se explicar... Ciente, que na grande operação mágica de Adão, se fez viva a sua “alma - gêmea”, então, falta um pedaço de alguém que está por ai, do homem falta à mulher, da mulher falta o homem; outros argumentos em que a mulher não pode entrar na maçonaria é puro machismo, que se diga a contento, outros argumentos místicos e secretos só relutam em atestar a fragilidade dos Veneráveis e dos guardiões de templo que não conseguem neutralizar as forças negativas que acompanham a Egrégora feminina, deixando-lhes, porém “confusos”.
Porquanto, sou a favor em que as mulheres façam parte da ritualística maçônica, não só como sofredoras “filhas-de-Jó” e não só como coadjuvantes em receber uma das luvas do seu “homem” iniciado; sou a favor que as mulheres tenham voz ativa na ordem, unindo o positivo com o negativo e evocando a Egrégora que lhe apraz.
Outro fator reinante no meio é a ignorância de determinados “Grão-Mestres” que não se instruíram para assumir o cargo, a exemplo, que existem mais de 600 Ritos maçônicos no mundo e os ignorantes (alguns) Grão-Mestres militam apenas com o que existem no Brasil, ou os mais populares. Neste enfoque parabenizo a Amorc – Ordem Rosacruz – pois sabem que sua Egrégora é muito forte, e ao invés de neutralizar ordens que sincronicamente trabalham nomes iguais ao seu, no entanto, ajudam as pessoas lhes enviando energias fraternas.
Ainda, relatando formas ignorantes e retrógadas de Grão-Mestres trabalharem, se dar pelo fato da desunião que outros propagam, temos o exemplo do caso da Bahia, onde o Grão-Mestre Itamar dos Santos ameaçou com expulsão os Maçons sob sua jurisdição que entrarem em lojas maçônicas mistas – as que entram mulheres – e a Ordem Elus Cohen, de outro rito maçônico, com sede na Bahia, da qual sou Grão-Mestre. De uma coisa tenho absoluta certeza: o Grão-Mestre Itamar dos Santos não gosta de mulher e quer obrigar a todos os outros Maçons a também odiarem mulheres, ou não gostarem; Embora, no nosso Rito Elus Cohen as mulheres mandam tanto quanto os homens.
Reflexões a parte, até aceito o fato em que outras pessoas ligadas a outras ordens não acessem as colunas de outros Ritos, pois cada um tem sua particularidade, e seus segredos, a não ser que preste juramento, ou se inicie na forma mais profícua possível; o que não pode é a exemplo dos Grão-Mestres Juscelino Amaral (Rondônia) e Itamar Santos (Bahia) hostilizarem outros ritos os vilipendiando. Para isto, existe a justiça do Brasil, que, diga-se de passagem, colocou os Maçons “injustos” do Mato Grosso no banco dos réus por desviarem milhões de reais “em segredo” dos cofres dos contribuintes. Acredito não ser esta a justiça e perfeição da qual se propaga aos quatro cantos dos templos maçônicos.
Pois bem, se pessoas místicas, que bebem da mesma fonte, em filosofias análogas, são execradas por verdadeiros inquisidores, intitulados de Grão-Mestres, o que fazer na perpetuação do conhecimento, que serão remetidos apenas a alguns? E a herança que pensou Pitágoras e Jesus? Porquanto, creio que com base nestas arrogâncias, as portas dos umbrais da perfeição estarão se fechando para qualquer um, até mesmo para os próprios IIr.´. Assim, vou buscar nos ensinamentos filosóficos dos Paraibanos, do qual, faço parte de nascituro, que diz: O diabo fecha uma janela, Deus abre varias portas...


*Miguel Montte, frc,S.´.I.´.Grão-Mestre da Ordem dos Cavaleiros Maçons Elus Cohen do Universo; Jornalista(MTB 116-RO) Acadêmico de Direito. (CPF: 290.287.442-15 ).
Obs.: Está autorizada a publicação deste artigo em qualquer meio de comunicação sem previa aquiescência do autor.


Autor: miguelmonte@oguapore.com
Fonte: www.OGUAPORE.com

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