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Os ataques enfraqueceram ainda mais a trégua declarada pelo mediador internacional Kofi Annan no dia 12 de abril, que falhou em impedir o derramamento de sangue nos conflitos opondo as forças de segurança sírias a manifestantes pacíficos e insurgentes armados.
Líderes da oposição disseram que o plano de paz de Annan está morto, enquanto potências ocidentais insistiram que este permanece vigente.
O próprio Annan condenou as "abomináveis" explosões e exortou todos os envolvidos a acabar com a violência e proteger os civis. "O povo sírio já sofreu demais", afirmou em comunicado.
A TV síria culpou "terroristas" pelos ataques realizados durante a manhã, durante horário de grande movimentação na região. Carros ficaram destruídos em uma autoestrada e prédios oficiais utilizados pelo comando da repressão do governo aos protestos foram bastante danificados.
Imagens da televisão mostraram carros retorcidos e queimados, alguns com restos humanos carbonizados.
Uma das explosões abriu uma cratera de 10 metros no solo e lançou destroços sobre uma vasta área. Corpos ensanguentados e partes de corpos podiam ser vistos na estrada.
Os ataques aconteceram um dia após uma bomba ter explodido perto de observadores da ONU que monitoram um cessar-fogo, que as duas partes do conflito são acusadas de desrespeitar, e duas semanas depois de as autoridades terem afirmado que um homem-bomba matou pelo menos nove pessoas em Damasco.
"Esse é mais um exemplo do sofrimento causado ao povo sírio pelos atos de violência", disse o general Robert Mood, chefe da missão de monitores da ONU, que visitou o local.
"Temos visto isso aqui em Damasco e também em outras cidades e vilarejos em todo o país... Peço a todos, dentro e fora da Síria, que ajudem a acabar com a violência."
Cerca de 9.000 pessoas foram mortas por forças de segurança sírias desde o início dos protestos contra Assad, segundo a ONU, e o governo sírio diz que insurgentes mataram 2.600 policiais e agentes de segurança.
(Reportagem adicional de Khaled Yacoub Oweis em Amã)
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