Em maio, o Dia das Mães (sempre no segundo domingo do mês) e o Dia Nacional da Adoção (25/5) guardam especial afinidade. O sagrado dom da maternidade, também expresso no belo gesto da adoção, deve compartilhar amor e afeto igualmente de forma inclusiva.
Esse importante tema foi discutido recentemente na Boa Vontade TV (canal 23 da SKY), no programa “Sociedade Solidária”. O apresentador e graduando em Ciências Sociais Daniel Guimarães entrevistou Mônica Natale de Camargo, gerente executiva do Grupo de Apoio à Adoção de São Paulo (Gaasp).
MUDANÇA DE CULTURA
Estimativas apontam que para cada criança na fila de adoção, há seis casais ou indivíduos pretendentes. Mônica Natale esclarece: “Ainda temos aquela cultura do perfil. O que a maioria dos pretendentes deseja? Eles querem aquelas crianças menores, bebês, brancos ou da mesma etnia. E as crianças que estão disponíveis geralmente são de grupos de irmãos e com idade avançada, e algumas com necessidades especiais. Então, o que tem de se fazer? Mudar essa cultura de adoção no Brasil. O pretendente tem que entender qual é a realidade do país, e começar a olhar com carinho para as crianças, mudar aquela concepção do filho idealizado para o filho possível”.
LONGE DE NÓS O PRECONCEITO
O alto sentido de humanidade precisa habitar o coração das criaturas, não deixando espaço para preconceitos. A gerente do Gaasp aponta para o que pode ser feito: “Primeiro, uma divulgação maior do que é a adoção, entender o que significa adotar, o que significa um filho na sua vida. Isso é importante! A cultura da adoção tem que ser mudada, sim, com programas como este onde se discute, onde se fala dessas necessidades”.
O assunto realmente merece um olhar mais atento da parte de todos, seja das políticas públicas ou da sociedade. É direito básico de toda criança ter uma família que a proteja, ame e respeite.
Quem quiser se informar melhor, acesse o site do Grupo de Apoio à Adoção de São Paulo: www.gaasp.org.br. Procure também conhecer a legislação brasileira sobre o tema.
TIREM O VIDRO!
No último domingo, 27/5, completaram-se 26 anos de dois grandes eventos da Legião da Boa Vontade na capital federal. Na ocasião, além de inaugurar o primeiro anexo (sede administrativa) do Conjunto Ecumênico, comandei a cerimônia de lançamento da Pedra Fundamental do Templo da Boa Vontade.
Momentos antes do início do cerimonial, um fato curioso proporcionou a todos importante lição. Eu me encontrava no segundo andar do prédio administrativo da LBV com os meus filhos e, ao olhar para o pátio, que estava superlotado, vi que o palco era baixo demais. E decidi: Sabem de uma coisa? Vou falar aqui de cima da marquise de entrada. E perguntei: Essa marquise aguenta o peso da gente? Ao que me responderam que sim, ao mesmo tempo em que me perguntavam: “Mas como é que o senhor vai passar para lá? Tem um vidro na frente!”. Ora, se o vidro atrapalha, tirem o vidro!, disse-lhes. O vidro foi retirado e pude, então, fazer o discurso lá de cima mesmo. Naquele momento, destaquei, lembrando-me de Moisés e de Zarur, que o Templo da Paz surgia para que houvesse a interiorização de valores. Porque não se pode exteriorizar coisa alguma se a criatura não tem nada para oferecer. É a questão do conteúdo.
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