Brasil — berço de Esperança
Paiva Netto
O Brasil é o berço de esperança de uma sociedade em que, a despeito de
todos os dissabores, será possível viver em Paz consigo mesmo e com o próximo.
Trata-se de terra generosa, em que a Solidariedade assumirá o papel de garantir
o ensejo de uma vida próspera para todos, como descreveu o filósofo e sociólogo
italiano Pietro Ubaldi (1886-1972): “A grande qualidade do Brasil, o que
estabelece sua função vital, é o sentimento, o coração. Nesta terra estão as
raízes daquela expansividade de afetos, que é a qualidade humana que, mais
tarde, evoluindo, será a mais apta a sublimar-se no amor evangélico”.
Ainda
teremos uma pátria em que cada um se sentirá incluído no significado maior da
existência humana e cidadã: louvar o Criador enquanto serve à criatura, porque
esta particulariza o sagrado altar no qual Ele deve ser adorado. Não há outra
forma de engrandecer a Divindade, que é Amor, aliando Fé à Ação, construindo
uma Política que tenha o bem-estar do povo, a ter início no elevado ensino para
a sua Alma, como meta. É um trabalho que leva tempo? É um ideal ilusório?!
Grande equívoco o de quem pensa assim. Há bastante tempo, Jean-Baptiste
Descuret (1795-1872) demonstrou que “muito se engana quem acredita poder
afirmar que a paciência é a força dos fracos, pois é preciso ser muito forte e
moderado para tê-la em qualquer ocasião”. (...) Há leitores ateus que me
honram com sua cortesia às minhas modestas considerações. A eles, com
humildade, digo que, no tocante a Deus, pode ser entendido como Fraternidade e
Solidariedade, a melhor maneira de viver como povo. (...) O Brasil realmente
será o Coração do Mundo e a Pátria do Evangelho-Apocalipse, apesar de todos os
que ainda querem espalhar frustração por onde a Esperança persevera. Ensinou
Jesus: “O que não é possível ao Homem para Deus é sempre possível” (Boa
Nova segundo Mateus, 19:26).
* Jean-Baptiste
Felix Descuret — Autor de Médecine des passions, ou les passions considérées
dans leurs rapports avec les maladies, les lois et la religion [Medicina das
paixões, ou as paixões consideradas por suas relações com as doenças, as
leis e a religião], Paris, Béchet Jeune et Labé, 1841.
José de Paiva Netto, jornalista, radialista e
escritor.
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