Por Erivaldo Brito*
Os dias não têm 24 horas exatas, sobram, sempre, alguns minutos no decorrer do ano. Aprendi isso com a minha professora Walda Gavazza, no prédio escolar Montezuma. Assim, somados todos os minutos, esses são transformados, de quatro em quatro anos em mais um dia para o mês de fevereiro, como no ano presente, por exemplo, transformando-o em um ano bissexto.
O povão acredita que o ano bissexto possui característica muito especial, que atrai forças zodiacais, ocasionando, por exemplo, a inundação no Acre, o incêndio na base brasileira na Antártica (só brasileiro mesmo pra causar um incêndio numa zona polar), os assassinatos, os acidentes rodoviários, e até a vitória do meu Fluminense na Taça Guanabara.
Será que tudo isso não passa da crendice popular? Como explicar, por exemplo, que as grandes cheias do Rio Paraguaçu (1940, 60 e 64) aconteceram em anos bissextos? E a tragédia com o navio 2 de Julho, que fazia a linha Cachoeira-Salvador, que explodiu as caldeiras na manhã de 26 de fevereiro de 1888 em águas maragojipanas vitimando muitos passageiros?
Como tudo na vida a duplicidade é uma constante, em contrapartida, as grandes conquistas da seleção cachoeirana de futebol amador aconteceram em ano bissextos (1968 e 1976), conforme “memória” de nossa autoria publicada neste blog.
Para que o meu querido amigo leitor tire suas próprias conclusões, relacionamos abaixo alguns cachoeiranos ilustres nascidos em ano bissexto:
Augusto Teixeira de Freitas (19 de agosto de 1816)
Francisco Prisco de Souza Paraíso (18 de janeiro de 1840)
Manoel Martins Gomes (6 de setembro de 1840)
Aristides Augusto Milton (20 de maio de 1848)
Pacheco de Miranda Filho (29 de fevereiro de 1866)
Augusto Ferreira Mota (19 de fevereiro de 1860)
Inocêncio de Almeida Boaventura (21 de agosto de 1872)
Durval Chagas (11 de junho de 1876)
Acho que chega né?
O próximo ano bissexto será no ano de 2016. 1h, e se o mundo acabar mesmo no dia 12 de dezembro deste ano, conforme interpretação das previsões do povo maia? Chega pra lá, crendice!
*Erivaldo Brito é cachoeirano, adovogado radicado na cidade do Rio de Janeiro/RJ
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