quarta-feira, 9 de novembro de 2011

CACHOEIRA/BAHIA


CASOS SURPREENDENTES

PARANORMALIDADE COMPROVADA

POR: ERIVALDO BRITO

As práticas desonestas , a corrupção, a malversação do dinheiro público, sempre existiu em qualquer parte do mundo, não é como muitas pessoas pensam, ser uma invenção brasileira. No entanto, em dias que seguem, está virando uma rotina escancarada, tudo em nome da “governabilidade” do feudo eleitoral.

Enquanto a fila andou mais um pouquinho, enquanto o ministro bola da vez só “vai sair à bala”, e que, “promete lutar com todas as forças para provar a sua inocência”, quem pode garantir que, quando o meu amigo professor Pedro Borges estiver postando este crônica, o ministro que está sendo “fritado” vai “pedir” para sair e terá despedida emocionada sob aplausos ? Passa a pasta para outro correligionário, ninguém fala mais nisso, ninguém devolve um tostão sequer e as ONGs, a galinha dos ovos de ouro dos políticos corruptos, continuarão funcionando como verdadeiro paraíso fiscal em solo pátrio, enquanto paira no ar a pergunta que não se calar: Quem será o próximo? Façam as suas apostas, cavalheiros.

Neste momento que eu considero de tristeza e vergonha, a minha memória trás de volta a figura do ilustre conterrâneo que atendia pelo nome de Egberto Melo, exemplo de ética, honestidade e cidadania, com uma longa carreira de Fiscal (parece-me que da Previdência Social), sem qualquer desvio de conduta, sem jamais beneficiar qualquer empresa ou muito menos prejudicá-la, disso eu tenho certeza.

Chefe de família exemplar, Egberto Melo dirigiu por longo período, a Loja Maçônica Caridade e Segredo e o Centro Espírita Obreiros do Bem da sua cidade natal, Cachoeira, com a serenidade e competência como em tudo o que estivesse ao seu encargo. A sua presença à frente de qualquer coisa, já era sinal de credibilidade.

Quando da derrota do prefeito Julião Gomes na eleição de Ariston Mascarenhas, surgiu uma nova liderança na região do Iguape, substituindo o velho João Amorim.; Geraldo Simões, que foi eleito presidente da Câmara e eu era o 1º Secretário.

Eu conheci Raimundo Rocha Pires, - Pirinho -, como um desportista de linha, professor do Ginásio da Cachoeira, cirurgião dentista e depois prefeito de São Félix. Vibrei no rumoroso caso em que ele “prendeu” o Juiz de Direito, seu desafeto, na dependência do prédio da municipalidade onde funcionava o Fórum.

Certa noite de um sábado que longe vai, estava conversando na porta de casa com o meu vizinho e fraternal amigo professor Renato Queiroz, quando, apareceu de repente o Corcel vermelho do deputado Pirinho. Após um breve bate-papo, Pirinho me convidou para irmos até Conceição da Feira onde morava a sua irmã, casada com Ariston Cardoso, uma das lideranças da cidade e a quem Pirinho contava com o apoio.

Pirinho já havia considerado como positiva a minha sugestão de colocar sangue novo no seu grupo político, no entanto não fui bem sucedido na abordagem com Aurelino Mario de Assis Ribeiro, - Lelo -, que ficou levando a proposta em “Banho Maria”, e fez a sua opção de continuar no grupo do deputado Edwaldo Brandão, e Romário Costa Gomes, que era meu companheiro de vereança, que acabou aceitando substituir Pirinho na presidência da Liga Cachoeirana de Futebol, mas as conversações não evoluíram.

Na viagem de volta, puxei o assunto da candidatura de Geraldo à prefeitura, pois ele possuía um reduto de força considerável, a maior expressão eleitoral comprovada nas urnas e era uma pessoa que sabia cativar amizades.

Fui franco ao dizer a Pirinho que, o “calcanhar de Aquiles” à postulação de Geraldo era o eleitorado da sede e que o problema seria sanado com um companheiro de chapa para vice-prefeito que fosse unanimidade, que não tivesse qualquer aresta, que fosse reconhecido pela competência e honradez. O questionamento veio a seguir: Quem ?! Em cima das buchas respondi: Egberto Melo!

Rapaz, - disse Pirinho -, você acertou na mosca ! O problema é se Egberto vai aceitar.

Como Pirinho não era homem de ficar esperando tempo ruim, na noite do dia seguinte ele passou lá em casa, no Riacho Pagão e fomos fazer uma visita a Egberto. Ele nos recebeu no seu escritório, em uma das dependências da sua residência. Pirinho foi logo ao assunto, sem qualquer rodeio, enfatizando que o seu consentimento era mais uma prova de amor à Cachoeira e tal e coisa. Debalde. Egberto ficou irredutível, continuou firme e irredutível sem abandonar a forma elegante e educada.

Estive presente em várias reuniões doutrinárias e mediúnicas no Centro Espírita Obreiros do Bem, sob a direção de Egberto Melo. Igual ao Codificador, Allan Kardec, Egberto não possuía qualquer tipo de mediunidade, embora estivesse cônscio das enormes possibilidades de fraudes ou interferência de “espíritos zombeteiros”, porém, ele cria na inter-relação com os desencarnados, na existência de mundos paralelos e na reencarnação.

Certa feita ele me contou um caso pessoal, dando-me autorização para publicar no jornal “A Ordem” que eu editava na Cachoeira. Para quem leu, vale a pena ler de novo!

Egberto possuía uma pequena propriedade rural onde existia um poço artesiano de águas cristalinas que, feitos os exames, foram constatadas a sua excelência para o consumo. Assim, feitas as obras necessárias para o funcionamento da cisterna, ficou faltando o pedreiro construir uma tampa de cimento. A que existia, feita de madeira, na tinha as dimensões exatas, qualquer descuido, vupt... fundo do poço!

É hoje, é amanhã, o pedreiro de confiança de Egberto ia postergando a sua ida até o local para construir a tampa. Então, um belo dia, quando Egberto chegou a sua roça, lá estava a tampa de madeira no fundo do poço, cerca de uns 15 metros de profundidade.

Egberto tentou fazer um gancho de arame e, com uma corda, tentar “pescar” a tampa. Passaram-se os segundos, os minutos e nada! Ele então pensou o óbvio: “Não vou conseguir sem ajuda espiritual!” Então, meus amigos, a “ajuda” veio e ele conseguiu trazer a tampa de madeira para fora da cisterna, dizendo para si mesmo: “se não foi coincidência...” Resolveu não dar crédito ao ocorrido.

Passados alguns dias, um grupo de médiuns estava reunido na sua casa para orar e ministrar um passe para uma das suas filhas que estava acamada. Ao término da reunião, Egberto agradeceu ao “Preto Velho” que se fizera presente. Para seu espanto, a entidade respondeu o seguinte:

- Não precisa agradecer não, meu filho, eu aqui sirvo até para pegar tampa de cisterna!

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