quarta-feira, 5 de outubro de 2011

CORRUPÇÃO NO INSS

Operação da PF prende 23 na Paraíba por suspeita de fraudes no INSS.

Entre os presos, cinco são servidores do INSS na Paraíba. PF estima prejuízo de R$ 10 milhões em pensões e aposentadorias.

A Polícia Federal cumpriu 23 mandados de prisão na Paraíba, sendo 15 preventivas e oito temporárias, contra pessoas suspeitas de participação em um esquema de fraudes de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Entre os presos, há cinco servidores do órgão.

A Operação Agendamento Virtual foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (5) em conjunto com o Ministério da Previdência e o Ministério Público Federal. Os órgãos calculam que a organização criminosa tenha causado um prejuízo de R$ 10 milhões em aposentadorias e pensões concecidas irregularmente.

Em nota à imprensa, a assessoria da PF comunicou que também foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, além da determinação judicial de bloqueio de contas bancárias e sequestro de bens dos principais suspeitos. Foram apreendidos 12 carros e motos e uma espingarda e um revólver calibre 38.

De acordo com Alexandre Isbarrola, delegado regional de Combate ao Crime Organizado, os veículos teriam sido adquiridos com o dinheiro obtido irregularmente. Um ex-candidato a prefeito em São João do Cariri também está preso. O delegado informou que a quadrilha seria uma das maiores em atuação no Nordeste. Ele garantiu que as investigações vão continuar, uma vez que o material apreendido poderá apontar a participação de outras pessoas nas fraudes.

As equipes da PF recolheram materiais que podem comprovar a atuação da quadrilha nas cidades de Campina Grande, João Pessoa, Bayeux, Santa Rita, Itatuba e São João do Cariri.

Em nota enviada à imprensa, a assessoria da PF informou que a quadrilha utilizava documentos falsos para comprovar atividades rurais e conseguir aposentadorias e pensões do INSS indevidamente. Uma outra forma de atuação era a concessão de pensões por morte previdenciária baseadas em documentos irregulares, com pagamentos retroativos, e de benefícios a partir de agendamentos inexistentes ou em datas diferentes das registradas no sistema de agendamento do INSS.

Conforme a PF, os suspeitos de envolvimentos no esquema podem ser indiciados pelos crimes de corrupção e estelionato contra a Previdência Social, mediante fraude para obtenção de benefício. Caso condenados, os envolvidos poderão sofrer penas que variam de um a cinco anos de reclusão, passíveis de aumento pelo fato do crime ter sido praticado contra a Previdência Social.

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