domingo, 7 de agosto de 2011

CACHOEIRA/BAHIA

Degradação da Família

Heraldo Cachoeira

Em uma linguagem simples de senso comum, vamos abordar um tema bastante preocupante que é a degradação da família nos dias de hoje, pois, pesquisas revelam que no Brasil, atualmente, há uma média de uma separação para cada dois casamentos. Principalmente, nas grandes cidades, os casamentos e as separações estão se igualando! Outro dia, após uma palestra, um jovem me perguntara por que os artistas que são formadores de opiniões, passam tão poço tempo casados ou amigados.

No meu entender, os artistas não se casam, amigam-se por temporadas! O fato é que hoje duas pessoas se casam ou se amigam por vários motivos: pela atração física, pela atração espiritual, pelo dito amor ou razões outras.

Acontece é que ao fim de cinco anos, se muito, a união de dissolve, porque terminaram as motivações de cada um, já que confundiram atração física e outros interesses com amor!

A realidade é que muitos casais vivem juntos, apenas para dar satisfações à hipócrita sociedade, que nada lhe dá e cobra muito!

Vocês já não ouviram alguém dizer essa tolice: “Já pensou se eu me separo o que vão dizer? Que decepção “para minha família”, “e os meus filhos”. É claro, que a sociedade vai me cobrar e outras asneiras.

O pior ainda é o cinismo dessa gente sem amor próprio, que ainda acha mais cômodo, fingir na roda de amigos, nos salões de cabeleireiros, nas academias de ginásticas e outros locais, que vive um mar de felicidade. Isso com receio das possíveis críticas que virão dos que, às vezes, tem o mesmo problema.

Sabemos que há muita gente de boa formação interior, que luta contra as separações, não se pode, no entanto, é de se livrar das influências externas, muitas vezes, até com interesse na separação por vários motivos.

Não podemos esconder é que matrimônio é um ato social que já está falido há muitos anos!

Sabemos que há, no entanto, aqueles casais, que vivem uma falsa vida; são separados de corpos, mas, por alguma razão irrevelável, vivem em baixo do mesmo teto, mas, dormem em camas separadas. Como advogado de Vara de Família por muitos anos no Rio de Janeiro, conheço muito bem os meandros dessas falsas vidas!

Repito, esses casais estão apenas se enganando para dar satisfações a uma sociedade, que não paga as contas de ninguém!

Li outro dia, que fora feita uma pesquisa na cidade de “Sucupira” sobre a convivência dos casais e o resultado das pesquisas foi um desastre, pois, noventa por cento das mulheres responderam que não escolheriam novamente os mesmos homens para viverem! Quase na mesma proporção disseram eles, que preferiam até as mulheres daquele “lugar”, que as atuais! O fato é que o conceito de casamento mudou muito. Quem não se lembra no mês de maio, o chamado mês das noivas período em não havia vagas nas igrejas para marcar casamento, hoje, no entanto, depois dessa liberdade sexual irresponsável, ninguém é de ninguém. O fato é que a coisa está seria e não há quem segure mais!

Segundo os jovens, prova-se do produto se gostar fica, caso contrário, descarta-se com se fosse um copo plástico. Na verdade, quem vem sendo prejudicada com essa pouca vergonha de “ficação” é a mulher, notadamente a mais jovem, que vem sendo usada como objeto descartável, sujeita a todo tipo de doença, já que para a juventude, preservativo é coisa de “bullying sexual”!

Não se pode negar que entre os casais, haverá sempre problemas, principalmente vindos dos chamados ciúmes doentios de zelo, de cuidado e de carinho de um para o outro! O que, às vezes, atrapalha a união do casal é a intromissão externa de terceiros, notadamente, de parentes, liderados pelas “sogrinhas”.

Coitada de parte de nossa juventude! Está mais perdida do que cego em tiroteio. A base que é a criança, na realidade, ela tem dúvidas, qual a orientação a seguir: se a dos pais, da escola, da televisão ou da rua, com a influência dos amiguinhos. Nessa hora de indecisão, cabe aos pais, mesmo com a rebeldia dos filhos, adquirida fora do lar; com muita calma, dialogar, sem, no entanto, perder autoridade de mãe e pai. Caso contrário, recorrer a um psicólogo. Sabemos nós, que jovem hoje, está muito ligado a essa maravilhosa máquina eletrônica chamada computador, que é, na realidade, uma “faca” de dois gumes, orienta. Instrui, mas também destrói inclusive os adultos despreparados. É só entrar na sala de bate-papo do “Orkut”, com mulheres à procura dos mesmos objetivos.

Já observaram que esses encontros, ditos virtuais, acabam sempre em desgraças, desmoronamentos de lares, já que só eles sabem: esposos e esposas com quem “batem- papo”! Não podemos esquecer as lan- houses espalhadas por todas as cidades brasileiras, sem nenhum controle; freqüentadas por jovens e adultos! A juventude, como sempre, à procura de novidades, desperta então, o interesse pelas “educativas” novelas, como sempre recheadas de casos passionais e outras permissividades, a começar pelos sugestivos títulos: “Dona Flor e seus dois maridos”, “Os Três na Cama”, “Amor e Sexo”, “O Bem Dotado” e outros. O fato é que toda essa excrescência está em todos os horários, inclusive a fazenda da Record onde os seus ocupantes fazem tudo atrás das moitas, inclusive aquilo!

Isso sem se falar no “educativo Big-Brother”, que parece mais um motel, onde se faz de tudo embaixo dos edredons, com a mão naquilo e aquilo na mão, quase que visível.
Pergunto eu, qual pai ou mãe que consegue barrar essa carga de permissividade em cima dos filhos em formação? Segundo dados, 99% das mulheres brasileiras só lêem jornal dos domingos, mesmo assim somente o caderno das novelas, enquanto os homens em sua maioria só lêem o caderno do futebol. Pergunto eu, que geração estamos formando com esses pais despreparados, que só tem na cabeça o mesmo que têm os camarões? Não importa a sua religião, o que importa é você se aproximar do Grande Arquiteto do Universo, o nosso Deus Pai e seja feliz!

*Heraldo Cachoeira é advogado e oficial reformado da Marinha do Brasil

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